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Morre Ziraldo, criador do 'Menino Maluquinho', aos 91 anos

De acordo com a família, quadrinista morreu em apartamento na Zona Sul do Rio de Janeiro

Causa da morte não foi informada pela família, que confirmou o falecimento (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Causa da morte não foi informada pela família, que confirmou o falecimento (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 6 de abril de 2024 às 16h28.

Última atualização em 6 de abril de 2024 às 16h59.

Morreu neste sábado, 6, aos 91 anos, Ziraldo, criador do "Menino Maluquinho". A informação foi confirmada pela família do quadrinista. O também chargista, caricaturista e jornalista faleceu enquanto dormia no apartamento no bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A morte teria acontecido por volta das 15h. A família não informou a causa da morte.

Ziraldo Alves Pinto ficou conhecido por criar personagens e histórias como “O Menino Maluquinho” e “Turma do Pererê”. Em 1960, fundou o jornal “O Pasquim”, que atuou firmemente contra a ditadura militar no Brasil.

Foi em Caratinga, em Minas Gerais, onde passou a infância. Nascido 24 de outubro de 1932, Ziraldo era o mais velho de sete irmãos, e desde pequeno já se aventurava nos desenhos, profissão que nasceu da paixão pela literatura. Em 1939, publicou sua primeira ilustração no jornal “A Folha de Minas”, com apenas seis anos de idade.

Iniciou oficialmente sua carreira em 1950, com a revista “Era uma vez...”. Se encontrou no humor em 1954, no “A Folha de Minas”. A graduação em Direito pela Faculdade de Direito de Minas Gerais, em Belo Horizonte, foi em 1957, ano em que entrou para as revistas “A Cigarra” e “O Cruzeiro”.

Trabalhou ainda no “Jornal do Brasil”, com charges de política e cartuns. Foi na década de 1960 que se encontrou nos quadrinhos, publicando a revista “Turma do Pererê”, que deixou de ser publicada com o início da ditadura militar. Chegou a ser preso em 1968, um dia depois do AI-5.

“O Menino Maluquinho”, seu maior sucesso, surgiu em 1980. Ainda hoje é considerado com um dos maiores sucessos para o setor de quadrinhos do Brasil.

Teve três filhos com Vilma Gontijo, com quem se casou em 1958: Daniela, Fabrizia e Antônio.

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