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Next Issue, a Netflix das revistas, chega ao iPad

Cinco grandes editoras americanas se unem na Next Issue, que vende revistas no iPad no estilo da Netflix: o leitor paga a mensalidade e lê quantas publicações quiser

A Next Issue oferece 39 revistas de cinco grandes grupos editoriais americanos (Reprodução)

A Next Issue oferece 39 revistas de cinco grandes grupos editoriais americanos (Reprodução)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 11 de julho de 2012 às 15h23.

São Paulo — A Next Issue, que tem cinco grandes editoras americanas como sócias, começa a vender revistas no iPad seguindo o modelo usado pela Nexflix para filmes. O leitor paga uma mensalidade que começa em 9,99 dólares e pode ler quantas publicações mensais e quinzenais quiser. Por 14,99 dólares por mês, ele tem acesso ilimitado também a revistas mensais.

O serviço, que já estava disponível desde abril para alguns tablets com Android, é oferecido, por enquanto, apenas nos Estados Unidos. A banca virtual conta com 39 títulos como Time, Wired, New Yorker e Vanity Fair. E a Next Issue promete expandir a lista no futuro.

Assinar o serviço sai mais caro do que pagar várias assinaturas de revistas nos Estados Unidos, onde essa modalidade de venda costuma ser subsidiada pelas editoras para engordar a base de leitores. Mas, em troca da mensalidade, o assinante da Next Issue ganha liberdade para ler qualquer título que o atraia na banca virtual.

A pessoa pode experimentar publicações que, de outra forma, não se daria ao trabalho de comprar. E quem preferir ainda tem a opção de assinar títulos específicos por preços que vão de 1,99 a 9,99 dólares; ou comprar exemplares avulsos, que custam de 2,49 a 5,99 dólares. 

A Next Issue tem como sócios cinco importantes grupos editoriais americanos: Condé Nast, Hearst, Meredith, News Corporation e Time. Essas editoras rivais se uniram para buscar uma forma de distribuir suas revistas no tablet, convencer mais pessoas a lê-las e cobrar pelo conteúdo.

Parte do pagamento das assinaturas (cerca de 70%) é distribuída às editoras de forma proporcional aos acessos feitos a cada revista. Em outras palavras, quanto mais uma revista é lida, maior é a porcentagem do valor arrecadado destinada à sua respectiva editora.

Mas o plano das cinco sócias vai além da receita obtida com assinaturas. Até agora, as versões digitais das revistas não tiveram sucesso em atrair publicidade como as edições impressas. Essa é a principal razão por que os americanos pagam mais ao assinar publicações digitais do que quando assinam revistas impressas. No papel, os anunciantes pagam a maior parte da conta. Mas isso ainda não acontece no tablet.

A interpretação predominante dessa questão é que o volume de publicidade só vai aumentar no tablet quando houver mais gente lendo revistas nesse dispositivo. E aquelas cinco editoras americanas parecem acreditar que um serviço com acesso ilimitado ao conteúdo, à moda da Netflix, é uma boa maneira de ampliar a base de leitores. No vídeo abaixo, Morgan Guenther, CEO da Next Issue, apresenta o serviço.

https://youtube.com/watch?v=sk079o_2FHo%3Frel%3D0

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