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Ford elétrica: o plano da montadora para criar linha própria de baterias

Na sombra da empreitada está um fornecedor que roubou patentes, foi processado e comprometeu a linha de produção de elétricos da fabricante centenária

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A montadora investiu em um centro de pesquisa dedicado à baterias (Paulo Whitaker/Reuters)

A montadora investiu em um centro de pesquisa dedicado à baterias (Paulo Whitaker/Reuters)

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André Lopes

Publicado em 28 de abril de 2021 às, 07h15.

Última atualização em 28 de abril de 2021 às, 12h12.

Ford sabe que o domínio sobre a produção de componentes para carros elétricos é essencial para liderar a nova geração de veículos e por isso divulgou nesta terça-feira, 27, o plano que deve seguir para se manter entre as principais montadoras do mundo. Segundo o anúncio, o principal movimento da empresa centenária é estabelecer um centro de desenvolvimento de baterias em Michigan, para que, muito em breve, tenha capacidade interna de produzir suas próprias células de energia para EVs (veículos elétricos, na sigla original em inglês). 

Com um investimento de 185 milhões de dólares, o novo laboratório de pesquisa se chamará Ford Ion Park e terá uma equipe de 150 especialistas trabalhando em projetos que visem tornar mais duradouras as reservas elétricas dos carros, mais rápidas de carregar e sustentáveis para o meio ambiente. Há também a intenção de criar um método fordista de fabricação, possibilitando que a montadora se torne fornecedora de outras marcas. 

O anúncio veio depois que a Ford se viu em disputa por segredos comerciais entre seus principal fornecedor de baterias, a SK Innovation, e a LG Energy Solution. A Comissão de Comércio Internacional dos EUA decidiu em fevereiro que a SK roubou 22 patentes secretas da LG Energy e que a SK deveria ser proibida de importar, fabricar ou vender baterias nos Estados Unidos por 10 anos. 

A decisão deu à SK quatro anos para fabricar baterias para a Ford, e isso poderia ter deixado a empresa à deriva com o planejamento futuro de suprimentos. A SK tem contrato para fabricar baterias para uma versão elétrica da picape F-150 da Ford, o veículo mais vendido do país. A disputa foi resolvida no início deste mês com o SK concordando em pagar uma multa de 1,8 bilhão de dólares somado de royaltys em valor não revelado. Mesmo assim, parece que a Ford não quer se arriscar ao depender de fornecedores. 

Montadoras como a Volkswagen e General Motors estão correndo para terem em mãos tecnologias suficientes para disputar no mercado de elétricos. Para se ter uma ideia, neste ano, a VW planeja entregar um milhão de veículos híbridos plugáveis e totalmente elétricos, numa tentativa de ultrapassar a Tesla em número de vendas de EVs até 2025. 

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