Tecnologia

Filmes em 3D são testados nas estreias de verão nos EUA

Entusiasmo de Hollywood pela tecnologia 3D permitiu aumentar o preço das entradas e paliar a queda vertiginosa da venda de DVD

A estreia americana de "Homem de Ferro 2" marca para Hollywood o início da temporada de verão (.)

A estreia americana de "Homem de Ferro 2" marca para Hollywood o início da temporada de verão (.)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2010 às 20h56.

Los Angeles - A estreia americana de "Homem de Ferro 2" neste fim de semana marca para Hollywood o início da temporada de verão, a mais importante em termos de bilheteria, quando todos os olhares se voltam para a tecnologia 3D, que ainda precisa provar sua solidez ante o entusiasmo que provoca.

"Homem de Ferro 2", que teve estreia internacional antecipada, é o primeiro da temporada de lançamentos, e a indústria espera que supere o recorde do primeiro final de semana de exibição, hoje nas mãos do mais recente "Batman - O Cavaleiro das Trevas" (2008), com 158,4 milhões de dólares arrecadados.

Também este ano, as sequências devem fazer a felicidade das bilheterias de maio a setembro, que no ano passado registraram nesse mesmo período receitas recordes de 4,17 bilhões de dólares, apesar de uma queda na venda de entradas de 4,2%.

Entre outros, o público vai poder ver "Shrek 4", último episódio das aventuras da turma do ogro mais querido do cinema; "Toy Story 3", dos estúdios Pixar; "Sex and the City 2", baseado na série de TV, e "Predador", nova versão do filme de fantasia lançado em 1987.

Também está programado a volta de duas estrelas da indústria, Julia Roberts no filme "Comer, Rezar e Amar", e Sylvester Stallone, no papel de um mercenário na América Latina, junto a outro nome dos filmes de ação, Dolph Lundgren, em "Os Mercenários".

Mas o filme mais intrigante do verão, e um dos mais esperados, é sem dúvida "A Origem" (Inception), de Christopher Nolan, diretor do último Batman, um thriller futurista que conta com a presença de Leonardo DiCaprio e Marion Cotillard.

Apesar de parecer suficientemente sólido para os estúdios arrecadarem milhões, a grande incógnita continua sendo a capacidade dos filmes 3D para mantener o entusiasmo que suscitam há dois anos.

O entusiasmo de Hollywood pela tecnologia 3D, que permitiu aumentar o preço das entradas e paliar a queda vertiginosa da venda de DVD, se viu criticado recentemente pelo receio que expressou o muito respeitado Jeffrey Katzenberg, presidente da DreamWorks Animation ("Shrek").
 


O produtor criticou violentamente "Fúria de Titãs", rodada em 2D, mas convertida posteriormente para 3D pela Warner.

"Vimos o melhor do 3D com 'Avatar' e assistimos agora o pior ("Fúria de Titãs"). Não se pode fazer nada mais medíocre em questão de 3D do que foi feito com esse filme", afirmou Katzenberg à revista Variety.

Apesar de destruído pela crítica, "Fúria de Titãs" arrecadou 429 milhões de dólares em todo mundo desde sua estreia em abril.

Kevin Feige, produtor de "Homem de Ferro 2", a princípio dise não ter nada contra a conversão para 3D, mas ressaltou que tudo é uma questão de tempo. "Poderíamos ter passado o filme para 3D corretamente desde que estreasse em 2011, mas esse ano era impossível. Não pensamos nisso nem um só segundo".

Neste verão, estão programados cinco filmes em 3D, em sua maioria de animação, como "Shrek 4" e "Toy Story 3".

Para Diane Weyermann, da Participant Media, a longo prazo o mercado demandará uma conversão de filmes clássicos ou de sucesso para 3D. "Estou certa de que muita gente gostaria de ver 'Guerra nas Estrelas' em 3D, por exemplo", afirmou a produtora à AFP.


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