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Pandemia e alta do aço impulsionam preços de imóveis em Salvador

Vendas de imóveis cresceram 35% no primeiro semestre, após anos de demanda reprimida; os preços começam a reagir

 (Leonardo Yorka/Exame)

(Leonardo Yorka/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 19 de agosto de 2021 às 05h44.

Mais de 15 meses após o início da pandemia de covid-19, o mercado imobiliário de Salvador ainda sente os efeitos da crise. Os preços começam a reagir. O valor médio dos imóveis subiu 4,05% no período de 12 meses encerrado em julho, segundo dados do Índice FipeZap. Há dois fatores que explicam o aumento: a alta das commodities e o isolamento social.

“Os preços dos imóveis foram pressionados pelos custos de construção, principalmente o do aço”, explica Cláudio Cunha, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA). O preço do minério de ferro, matéria-prima para o aço usado nas construções, disparou quase 150% entre março de 2020 e junho deste ano.

A conta foi repassada em magnitude muito inferior ao consumidor, a tal ponto que ele não deixou de comprar. Estimativas da Ademi apontam que o número de unidades vendidas em 2020 ultrapassou em 6% o registrado no ano anterior. Em 2021, as vendas do primeiro semestre já superam em 35% o total do mesmo período do ano passado.

“Salvador está entre as principais cidades turísticas do país. Com o crescimento do home office, a capital e outras cidades da região são cada vez mais procuradas para morar e investir”, diz Cunha. Também ajudou o fato de que a capital baiana já contava com uma demanda reprimida dos anos de crise entre 2014 e 2019. 

(Arte/Exame)

Com tantas pessoas da cidade e de fora querendo comprar um imóvel em Salvador, a Ademi projeta que o número de vendas deste ano supere em 10% o registrado em 2020, alcançando um patamar de crescimento que não era visto desde 2011.

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