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O sabor da fama de Felipe Massa

Uma celebridade na sociedade ajuda um restaurante? À frente do Beefbar, o piloto Felipe Massa aposta nesse modelo

Massa e seus sócios na casa, em São Paulo (Divulgação/Divulgação)

Massa e seus sócios na casa, em São Paulo (Divulgação/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2020 às 05h15.

Última atualização em 12 de março de 2020 às 05h15.

Não deve haver dois ofícios mais distantes um do outro. Como piloto da Fórmula E, modalidade que abraçou em 2018, Felipe Massa precisa manobrar um esportivo elétrico a até 225 quilômetros por hora, acatar as exigências dos patrocinadores e ainda seguir uma rotina puxada de exercícios e alimentação balanceada.

Como sócio de restaurante, o Beefbar, em São Paulo, com inauguração prevista para 20 de março, ele basicamente precisa emprestar seu nome ao empreendimento, deixar o dia a dia com quem entende do negócio e, futuramente, embolsar sua parte dos lucros.

O Beefbar foi fundado pelo restaurateur italiano Riccardo Giraudi em Monte Carlo, no principado de Mônaco, onde o ex-piloto de Fórmula 1 vive há 14 anos. As oito filiais em operação ficam em destinos badalados, como Mykonos e Saint-Tropez. Cliente assíduo da matriz, Massa propôs montar a versão paulistana em parceria com o irmão, Dudu Massa, que ajuda a gerir sua carreira.

Com o sinal verde de Giraudi, a dupla convidou o empresário Ruly Vieira, um dos sócios do Banana Café, para encabeçar o negócio. “O tipo de comida, a experiência e o serviço que o Beefbar proporciona não existem em São Paulo”, diz Massa.

Carnes e entradas de inspiração mexicana | Divulgação

A novidade vai ocupar um imóvel na mesma rua do D.O.M., do chef Alex ­Atala, nos Jardins. Como o nome indica, o foco são as carnes mais incensadas, como o wagyu japonês, o kobe beef e o black angus argentino. Os cortes chegam à mesa com uma cobertura crocante e interior suculento e também são usados no preparo de entradas de inspiração chinesa e mexicana.

Os drinques serão assinados pelo bartender Fabio La Pietra, o mesmo do SubAstor, e coube às arquitetas Georgia Loverdos, Carina Cogo e Maria Clara Spyer a responsabili­dade de replicar a decoração requintada das demais unidades. O valor investido é mantido em sigilo.

É de perguntar se a presença de uma celebridade no quadro societário ajuda a fazer do restaurante um sucesso. “Como estratégia de marketing é ótimo, o problema é que normalmente quem busca esse tipo de sócio não se preocupa com a qualidade da entrega”, opina o chef e consultor Marcos Lee.

Nessa lista estão Robert De Niro, sócio da rede Nobu, com 40 restaurantes e 11 hotéis, e Bruno Gagliasso, do Le Manjue Organique e das filiais brasileiras das redes Burger Joint e Bagatelle. O mérito dessas ótimas casas é dos respectivos chefs. Mas os holofotes estão nos donos.

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