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Cidadania à venda: por US$ 100 mil você pode deixar de ser só brasileiro

A busca por um segundo passaporte está em alta em meio à pandemia do novo coronavírus

A pandemia de covid-19 fez aumentar a busca por um segundo passaporte em países que oferecem essa possibilidade em troca de um investimento substancial. Segundo a consultoria britânica Henley & Partners, o número de interessados nesses programas no primeiro trimestre cresceu 40% em relação a igual período de 2019. A consulta por cidadãos americanos cresceu 700%.

Entre os brasileiros, o aumento foi de 300%. Os programas são de dois tipos: o que oferece a cidadania — o imigrante adquire todos os direitos de uma pessoa nativa — e o que dá direito apenas à residência. Seja qual for o programa, não é para qualquer bolso. A Dominica, país de 72.000 habitantes no Caribe, tem o programa de cidadania mais barato do mundo. Ainda assim, é preciso fazer uma doação de pelo menos 100.000 dólares ou comprar 200.000 dólares em imóveis para obter a cidadania do país, uma ilha de tranquilidade onde, até agora, ninguém morreu de covid-19.

No outro extremo, para se tornar um cidadão austríaco, prepare-se para doar no mínimo 3 milhões de euros. É o preço para poder estudar, trabalhar ou viver sem restrições na Áustria — ou em qualquer um dos 27 países da União Europeia. “Os principais benefícios de ter um passaporte alternativo incluem maior mobilidade para viagens, acesso a negócios, oportunidades educacionais em escala global, diversificação de ativos e maior proteção em um mundo em rápida mudança”, diz Sarah Nicklin, gerente de relações públicas da Henley & Partners.

(Arte/Exame)

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