Revista Exame

O negócio que não dorme: ela fatura R$ 7,8 milhões com sensor de IA para monitorar apneia do sono

Talita Salles, cofundadora da Biologix, criou um sensor com IA para monitorar a saúde do sono

Talita Salles, da Biologix: “O mercado carecia de soluções de diagnóstico mais acessíveis à população”  (Biologix/Divulgação)

Talita Salles, da Biologix: “O mercado carecia de soluções de diagnóstico mais acessíveis à população” (Biologix/Divulgação)

Publicado em 22 de março de 2024 às 06h00.

Ampliar o acesso ao diagnóstico da “apneia do sono” é o propósito de Talita Salles, fisioterapeuta e cofundadora da Biologix, healthtech criada em 2019, em São Paulo. Ela descobriu a gravidade da doença, uma síndrome com o potencial de causar descontrole no metabolismo e abrir caminho para outras enfermidades, da pior maneira. “Meu pai faleceu no segundo infarto, devido à apneia do sono, e ninguém sabia que ele tinha essa doença”, afirma. Antes de empreender, a fisioterapeuta estudou e trabalhou a apneia do sono em diferentes fases. No estágio, na pós-graduação em fisioterapia do sono e na Philips, empresa em que entrou em 2009 como desenvolvedora de novos negócios.

Quando as viagens a trabalho começaram a pesar na sua rotina com a família, ela já sabia o que queria fazer e como. “Vi que o setor tinha equipamentos para o tratamento da apneia do sono, mas que carecia de soluções de diagnóstico mais acessíveis à população.” Com dois sócios e um investimento inicial de 50.000 reais, fundou a startup. A Biologix criou um sensor, vendido a 800 reais e reutilizável por dois anos, para ser colocado na ponta do dedo do paciente e monitorar os dados enquanto a pessoa dorme. Compiladas por uma IA, as informações são enviadas a um aplicativo e se transformam em um relatório que precisa ser analisado por um profissional da saúde.

O modelo é focado no negócio B2B e conta com mais de 4.000 clientes no Brasil, como médicos e dentistas. Em 2023, a startup fechou com 7,8 milhões de reais em receita, número que prevê avançar 50% agora. O futuro do negócio passa por levar o produto diretamente aos pacientes e também à América Latina.

Acompanhe tudo sobre:1261

Mais de Revista Exame

Cocriação: a conexão entre o humano e a IA

Passado o boom do ChatGPT, o que esperar agora da IA?

O carro pode se tornar o seu mais novo meio de entretenimento

Assistentes de IA personalizáveis ajudam a melhorar a experiência do cliente

Mais na Exame