Revista Exame

O futuro é hoje: como entender o Brasil do presente?

Existe um Brasil que acontece agora, sintonizado com as melhores práticas globais em transformação digital

Stefan Zweig, autor de Brasil, um  País do Futuro: deprimido com o avanço do nazismo, o intelectual se suicidou (Imagno/Schostal Archiv/Getty Images)

Stefan Zweig, autor de Brasil, um País do Futuro: deprimido com o avanço do nazismo, o intelectual se suicidou (Imagno/Schostal Archiv/Getty Images)

Ivan Padilla
Ivan Padilla

Editor de Casual e Especiais

Publicado em 5 de outubro de 2023 às 06h00.

Nem todo mundo sabe, mas uma das expressões mais usadas historicamente para falar do potencial do nosso país saiu da caneta de um estrangeiro. Brasil, um País do Futuro é o título em português do livro escrito pelo poeta e dramaturgo austríaco Stefan Zweig.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o intelectual de origem judaica fugiu para a América, inicialmente para os Estados Unidos, depois para o Brasil. Viveu até o fim trágico da vida em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Deprimido com o avanço do nazismo, Zweig e sua mulher, Lotte, cometeram suicídio em 1942. Segundo o jornalista Alberto Dines, autor de uma biografia sobre Zweig, sua famosa obra é um caso único de livro convertido em epíteto nacional.

A expressão “Brasil, um país do futuro” traz um tom obviamente positivo, mas também esconde uma armadilha, a ideia de que as melhores oportunidades ainda estão por vir, um chamado a uma espera por dias melhores.

Existe, no entanto, um Brasil que está acontecendo agora, sintonizado com as melhores práticas globais, gerando oportunidades para empresários, fornecedores e colaboradores, melhorando processos, aumentando eficiência, gerando crescimento. Estamos falando da transformação digital, um termo tão amplo quanto permite o mundo virtual.

'Brasil, um país do futuro'

Boas práticas podem ser vistas em todos os segmentos. Com mais de 40 aquisições nos últimos anos, a Oncoclínicas, um dos maiores grupos de oncologia, hematologia e radioterapia da América Latina, integrou o sistema de prontuá­rio eletrônico dos pacientes por meio de um software. Já o departamento de Oncology Data Science transformou o enorme volume de dados colhidos ao longo dos atendimentos em informações úteis para o corpo clínico eventualmente decidir entre um tratamento e outro.

A gamificação já é instrumento de treinamento de funcionários, do compliance à capacitação, passando pelo fortalecimento da cultura da empresa, em companhias como Vivo, Microsoft e Santander. E a inteligência artificial generativa, alardeada quase como ficção científica e vista por muitos como uma ameaça ao mercado de trabalho tal qual o conhecemos, está muito mais presente do que imaginamos, do agronegócio ao varejo, em bens de consumo e laboratórios de saúde. Entenda o Brasil do presente nas páginas desta edição da EXAME CEO. Boa leitura!

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