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Startup brasileira cria spray líquido que tira vírus da covid-19 da roupa

Produto criado pela Visto.Bio diminui a necessidade de lavar as roupas ao voltar para casa. Em testes, spray reduziu 99% das cepas do vírus nos tecidos

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Visto.Bio: spray com 200 aplicações custa 150 reais no site da empresa (Visto.Bio/Instagram/Reprodução)

Visto.Bio: spray com 200 aplicações custa 150 reais no site da empresa (Visto.Bio/Instagram/Reprodução)

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Carolina Ingizza

Publicado em 22 de julho de 2020 às, 12h59.

Última atualização em 27 de julho de 2020 às, 12h13.

A empresa brasileira Visto.Bio lançou há alguns dias um produto que, em meio à pandemia, poderia bem ter como mote publicitário o bordão "não é feitiçaria, é tecnologia", imortalizado nos anos 90 pela personagem Feiticeira, criada pelo apresentador de tevê Luciano Huck.

Para evitar que as pessoas precisem lavar a roupa e tomar banho ao voltar para a casa, a companhia desenvolveu um spray líquido que, aplicado em tecidos e no corpo, mata bactérias e vírus. Em testes laboratoriais, o produto conseguiu eliminar o vírus causador da covid-19 em 99% dos casos. 

Criada em 2014, a Visto.Bio é dona de uma tecnologia patenteada que usa uma combinação de ativos de óleos essenciais para fazer a assepsia de roupas e calçados. O projeto começou a partir de uma pesquisa de mestrado em Engenharia Têxtil com Bioquímica defendida na Universidade de São Paulo por Renan Serrano, fundador da companhia.

Serrano criou o spray líquido para fixar no tecido sem causar manchas ou odores. O propósito inicial era economizar o tempo dos clientes na lavação de roupas – a interação dos micro-organismos com o suor gera o mal-cheiro e a necessidade de levar os tecidos para a máquina de lavar de tempos em tempos.

Com a ideia já patenteada, a Visto.Bio recebeu um aporte de 1,2 milhão de reais da Anjos do Brasil, em 2019. Os primeiros clientes foram grifes como Natalie Klein e Farm, que utilizam o produto nas roupas expostas nas lojas. 

Com a pandemia, a empresa decidiu ir além. Segundo Serrano, os próprios clientes perceberam que se o produto funcionava contra bactérias, poderia ser eficaz contra vírus também. A partir dessa demanda, a Visto.Bio começou a trabalhar em uma formulação nova para obter a validação de que seu produto poderia ser utilizado para inativar o coronavírus. 

O Visto.Bio Antisséptico, lançado em abril, foi selecionado entre as cinco melhores soluções do mundo pelo desafio Pandemic Challenge da Singularity University nos Estados Unidos. O produto está disponível no site da empresa. Um frasco de 45 ml, que rende cerca de 200 aplicações, custa 150 reais. 

Além da venda direta, a companhia aposta em parcerias com grandes marcas. Um dos clientes corporativos é o Grupo Bio Ritmo, de academias, que utiliza o produto para higienizar materiais de uso comum desde 2017. “Na pandemia, a primeira coisa que fiz foi ir atrás do Renan para saber se o produto mataria vírus”, diz Fernanda Locosque Ramos, gerente de operações da Racebootcamp, do Grupo BioRitmo. Com a reabertura de algumas unidades, o grupo tem comprado mensalmente cerca de 145 unidades do spray.

O novo antisséptico deve alavancar o crescimento da Visto.Bio em 2020. As vendas, que caíram 50% em abril, já retomaram ao patamar anterior e crescem cerca de 60% ao mês. A previsão é que a empresa termine o ano com 2 milhões de reais em faturamento, quase seis vezes mais que em 2019.

Para seguir nesse ritmo, Serrano cogita uma nova rodada de investimentos para levantar de 5 a 10 milhões de reais nos próximos meses. A julgar pelo percalços causados pela covid-19, interessados em expandir o negócio da Visto.Bio não vão faltar.

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