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SoftBank usa WeWork como exemplo e recomenda sonhos “rentáveis”

Investidores de mercados públicos não vão tolerar truques, como direitos de supervoto ou estruturas de ações que privilegiam fundadores, disse Masayoshi Son

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Adam Neumann: SoftBank liderou a destituição do polêmico cofundador da WeWork (Michael Kovac/Getty Images)

Adam Neumann: SoftBank liderou a destituição do polêmico cofundador da WeWork (Michael Kovac/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 26 de setembro de 2019 às, 17h05.

Última atualização em 26 de setembro de 2019 às, 17h12.

Masayoshi Son, presidente do SoftBank, conhecido como um benfeitor generoso que incentiva fundadores de startups a perseguir seus sonhos, tinha uma mensagem diferente para empreendedores na semana passada: é melhor que seus sonhos sejam rentáveis.

Os investidores de mercados públicos não vão tolerar truques, como direitos de supervoto ou estruturas de ações complicadas que privilegiam fundadores em detrimento de outras partes interessadas, disse o executivo a líderes empresariais reunidos para um evento privado de três dias no resort Langham em Pasadena, na Califórnia, de acordo com uma pessoa que participou do encontro. A rentabilidade deve ser uma meta de curto prazo, disse Son.

Os negócios devem se concentrar na boa governança, que deve ser aperfeiçoada antes dos planos de abrir capital, disse Son no evento, que contou com uma apresentação do cantor John Legend e com um robô de quatro pernas da empresa de robótica Boston Dynamics, de acordo com a pessoa, que pediu para não ser identificada.

Dias depois, o SoftBank liderou a destituição do polêmico cofundador da WeWork, Adam Neumann. A gigante de coworking havia implodido enquanto tentava realizar um IPO este mês. Investidores não queriam pagar um prêmio por um projeto imobiliário no vermelho controlado por um fundador excêntrico. Uma porta-voz do SoftBank não quis comentar sobre o evento privado.

O golpe atrapalhado e de alto perfil mancha a reputação de Son de saber escolher vencedores. Mas a remoção de Neumann também mostra um novo lado de Son: um investidor disposto a aplicar o tipo de disciplina que investidores exigem nas empresas de seu portfólio.

“É uma lição muito pública para todos empreendedores”, disse Chris Lane, analista do Sanford C. Bernstein & Co. “Ninguém vai querer ser Adam.”

Mas, agora, o SoftBank terá que decidir se faz uma baixa contábil do valor de sua participação na WeWork. O IPO da empresa está suspenso por enquanto, mas, quando ocorrer, o mercado poderá avaliar a WeWork em cerca de um terço de seu valuation quando Son investiu no grupo na última vez.

Neumann não foi ao evento de Pasadena na semana passada, segundo a pessoa. Na terça-feira, ele renunciou ao cargo de CEO, assumindo o posto de presidente não executivo do conselho.

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