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Reality show online acompanha nascimento de um novo negócio

Faz Aê acompanha o dia a dia de 13 jovens empreendedores tentando criar uma empresa de sucesso

Alan James, fundador da Biruta, quer contaminar jovens com espírito empreendedor (Divulgação)

Alan James, fundador da Biruta, quer contaminar jovens com espírito empreendedor (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2010 às 14h28.

São Paulo - A partir do dia 15 de novembro, a internet será palco de um reality show no qual 13 jovens enfrentam o desafio de criar um negócio de sucesso.

Batizado de Faz Aê, o projeto é uma iniciativa da agência de inovação em marketing Biruta Mídias Mirabolantes, que mantém uma incubadora para empresas de comunicação no Rio de Janeiro, a Experimental AD\Venture.

O reality show vai acompanhar passo a passo a criação de uma empresa por quatro jovens empreendedores, que serão escolhidos pela votação do público.

Cada um deles assumirá a diretoria de uma área diferente – Controle, Projetos, Inovação e Relacionamento. Ao longo do programa, que terá duração de 12 semanas, outros jovens serão recrutados para integrar a equipe. “Lidar com as contratações e demissões também faz parte do processo de aprendizado”, justifica Alan James, diretor da Biruta.

Além de acompanhar o dia a dia dos empreendedores em boletins diários em texto e vídeo, o internauta poderá interagir com o andamento do projeto – a começar pela escolha dos participantes.

Os candidatos a participar do reality poderão se inscrever até 30 de outubro pelo site. Após essa data, os finalistas serão pré-selecionados pela Biruta e será aberta então a votação pela internet para que a audiência decida quem realmente vai embarcar no projeto. “Procuramos jovens com brilho nos olhos e vontade de vencer”, define James.

Os internautas também poderão decidir qual é o negócio que os empreendedores colocarão em prática, podendo escolher entre uma empresa de conteúdo (Serial Trends) e uma empresa de games (Iterium Game Studio).

Além de acompanhar todo o processo de constituição do negócio, do planejamento até as primeiras vendas de fato, outros empreendedores poderão se beneficiar dos materiais gerados durante o projeto. “Vamos criar uma empresa open source. Todos os documentos - plano de negócios, plano de marketing, melhores práticas de gestão – estarão disponíveis de forma aberta no site. Qualquer um poderá clonar essa empresa e adaptar ao seu sonho”, diz James.

Se tiverem êxito no empreendimento, os jovens receberão como prêmio uma participação no negócio criado por eles.

Do banheiro ao primeiro milhão

A motivação da Biruta para promover o empreendedorismo vem da própria história da companhia. A empresa nasceu em 1997, quando a agência de propaganda aérea para qual James - então estudante de mecânica - trabalhava fechou as portas.

“Fizemos uma proposta para ficar com os ativos e abrimos uma nova empresa”, conta. Mas a empreitada não decolou logo de cara. Durante cinco anos, a empresa fechava todos os anos no zero a zero. Foi somente em 2003, quando entrou para a incubadora Iniciativa Jovem, no bairro de Santa Teresa, Rio de Janeiro, que a Biruta finalmente entrou nos eixos.

“Começamos dentro de um banheiro, que era a única área que eles tinham disponível na casa”, lembra James. Em apenas quatro meses, a empresa faturava seu primeiro milhão.

Para James, foi o apoio da incubadora que fez a empresa virar o jogo. “É a melhor forma de desenvolver negócios de alto impacto e alta performance”, opina o empresário. Ele acredita tanto no modelo que a Biruta decidiu criar sua própria incubadora, que funciona na mesma casa em Santa Teresa, onde a empresa teve o seu ponto de virada. Os dias de banheiro ficaram para trás e hoje a empresa atende clientes de grande porte, como Antártica, Banco do Brasil e Carrefour, oferecendo iniciativas de publicidade inovadora, que usam desde flash mobs até trios elétricos

A proposta por trás do reality show Faz Aê é despertar o interesse dos jovens que estão saindo da universidade para o empreendedorismo e mostrar que há outros caminhos além de entrar para grandes empresas como trainees ou prestar concursos. “É importante fomentar a inovação. São os pontos fora da curva que inspiram os empreendedores a criar negócios que podem impactar de forma substancial a economia de um país”, defende James.

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