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Este empreendedor quer faturar alto com o aluguel de casinhas de cachorro

Aberta no início do ano, PetParker quer aproveitar a bonança do mercado pet com solução para donos de cães monitorarem a bicharada enquanto fazem compras

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Ebel, fundador da Pet Parker: receitas de 2 milhões de reais no primeiro ano de operação da startup (Divulgação/Divulgação)

Ebel, fundador da Pet Parker: receitas de 2 milhões de reais no primeiro ano de operação da startup (Divulgação/Divulgação)

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Leo Branco

Publicado em 20 de setembro de 2020 às, 12h34.

Última atualização em 21 de setembro de 2020 às, 11h12.

O engenheiro paulistano Georges Ebel gosta de contar um incidente com os seus dois cachorros labradores – o Mike e o Thor. Há pouco mais de dois anos, numa visita a um mercado na capital paulista, Ebel amarrou a bicharada na porta do estabelecimento e, enquanto fazia compras, viu os dois saírem em disparada entre as gôndolas – para desespero de clientes e seguranças do local. 

Apesar do susto, os dois foram resgatados em poucos minutos. Na época sócio de uma metalúrgica em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, Ebel teve um instante de eureca! ao ver Mike e Thor em disparada pelo mercado. “Fiquei me perguntando por que até então não havia um sistema eficiente de casinhas para cachorro em lugares públicos, como um mercado”, diz.

O incidente resultou na PetParker, uma mistura de aplicativo com rede de casinhas de cachorro espalhadas em pontos de grande circulação de pessoas, como supermercados e shoppings centers. 

O sistema funciona aos moldes de um aluguel de bicicleta. Ao chegar perto de uma estação da PetParker, o dono do cachorro pode escolher por um aplicativo de celular uma casinha para deixar seu animal de estimação. De longe, pelo aplicativo, é possível monitorar a temperatura do local. Um sistema para enviar imagens e sons da bicharada direto para o celular do dono deve estrear logo.

Em funcionamento desde o começo do ano, as casinhas da PetParker estão em 40 endereços da capital paulista. Entre eles grandes varejistas como Pão de Açúcar e St. Marche. A ambição de Ebel, no entanto, é alta. A ideia é chegar a 9.000 endereços em quatro capitais em dois anos.  

As receitas da PetParker atualmente vêm do aluguel das casinhas. No plano de expansão de Ebel está a diversificação das receitas com a venda de produtos personalizados aos hábitos de consumo dos donos da bicharada. 

"O mercado pet é um dos mais resistentes aos solavancos da economia brasileira"

Georges Ebel, fundador da PetParker

O plano é ser uma espécie de “one-stop-shop” para donos de animais de estimação ou mesmo um marketplace a outras empresas do setor. “O sistema pode trazer produtos em oferta e com desconto para usuários cadastrados, serviços como medicina veterinária, banho e tosa, entre outras facilidades”, diz Ebel. 

“A frequência de interação do usuário com a PetParker é muito maior do que a dele com uma loja de produtos para pet, por exemplo. Falamos com ele no shopping, no supermercado, no restaurante, fazemos parte da sua rotina”, diz Ebel.

Em 2020, a PetParker deve faturar 2 milhões de reais. Com o volume de contratos já em fase final de conclusão, a expectativa de Ebel é chegar a 10 milhões de reais no ano que vem. E, em cinco anos, multiplicar por dez o faturamento. "O mercado pet é um dos mais resistentes aos solavancos da economia brasileira", diz.

No ano passado, com a economia patinando no PIB de 1%, o setor faturou 35 bilhões de reais, uma expansão anual de 3%, segundo o Instituto Pet Brasil, associação do setor. 

Na pandemia, as vendas de produtos pet no comércio eletrônico saltaram 65% na comparação com o mesmo período do ano passado, para algo como 2,4 bilhões de reais.

Com uma população de 55 milhões de cães e 25 milhões de gatos, além de milhões de outras espécies domesticadas, o Brasil é considerado por especialistas o quarto mercado mundial para produtos pet, atrás de Estados Unidos, China e Reino Unido. Até 2016, o país estava fora dos top 10.

Em mais um indício da pujança do mercado pet no Brasil, a oferta pública de ações da varejista Petz, dedicada a venda de produtos e serviços para animais domésticos, foi badalada. As ações subiram 21% no primeiro dia de pregão, em 11 de setembro, e a empresa levantou mais de 3 bilhões de reais.

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