Negócios

Steve Jobs multiplicou a Apple por 100, mas fez melhor na Pixar (acredite)

Genial em tudo que fazia, empresário criou a empresa de tecnologia NeXT e reinventou o estúdio Pixar – que mais tarde foi vendido para a Disney

Steve Jobs: empresário fez história além da Apple (Getty Images)

Steve Jobs: empresário fez história além da Apple (Getty Images)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 21 de junho de 2012 às 15h04.

São Paulo – No último período em que esteve à frente da Apple, Steve Jobs multiplicou por 100 o valor da empresa. É claro que é um feito e tanto, mas, acredite, ele fez muito mais em outra companhia. Sim, a vida de empresário de Jobs não se limitou à empresa da maçã.

No período em que esteve afastado dos negócios da companhia que ele ajudou a criar, Jobs mergulhou de cabeça em novos projetos que renderam bons frutos e – principalmente – muito retorno financeiro.

Entre 1985 e 1996, Jobs esteve distante da Apple devido a conflitos pessoais com os demais sócios da empresa. Nesse período, aproveitou seu talento para criar a NeXT, empresa também do setor de tecnologia. No início, Jobs teve dificuldades para manter a companhia mas, com o apoio de investidores externo, conseguiu dar um norte para seus negócios.

A empresa, inicialmente, desenvolvia softwares para os setores financeiro, científico e acadêmico. Sua guinada veio no início da década de 90, quando criou uma ferramenta que permitia, por e-mail, compartilhar músicas, vídeos e outros arquivos. Enquanto a NeXT crescia e chegava ao seu primeiro lucro milionário, a Apple despencava no mercado. Em apenas dois anos, a companhia chegou a acumular perdas de mais de 2 bilhões de dólares.

Em 1996, Jobs criou um software de aplicações para a web. Foi o mesmo ano em que a Apple, para trazê-lo novamente ao seu comando, comprou a NeXT por 400 milhões de dólares – um valor quase 60 vezes maior que os 7 milhões que Jobs investiu na sua criação. E, de brinde, o tal software de aplicações tornou-se a base de outro sucesso da Apple – sua loja virtual Apple Store.

Desenho animado

Paralelo à NeXT, Jobs comprou o grupo Graphics em 1986. A empresa mais tarde se tornou o estúdio Pixar. Os investimentos do empresário no negócio somaram 10 milhões de dólares. A empresa tinha como proposta inicial desenvolver equipamentos para computação gráfica.


Anos depois, já batizada como Pixar, a companhia de Jobs fechou uma parceria com a Disney para produzir uma série de desenhos animados. Entre os filmes produzidos por Jobs estão todos da série Toy Story, Vida de Inseto e Os Incríveis.

No inicio dos anos 2000, no entanto, o contrato de parceria entre as duas empresas estava chegando ao fim e a Disney relutou para renová-lo. Jobs então foi à procura de um novo parceiro e, mais uma vez, deu uma tacada de mestre. Com medo de perder a Pixar para a concorrência, a Disney comprou a companhia por 7,4 bilhões de dólares – 700 vezes o valor pago por Jobs pela Graphics. O empresário ainda ficou com uma participação de 7% na empresa, tornando-se o maior acionista individual de todo grupo Disney.

A fortuna de Jobs é avaliada pela Forbes em 7 bilhões de dólares. Dos Estados Unidos, o empresário é apontado como o 39º homem mais rico do país. Já no ranking global, Jobs ocupa a 110º posição. Apesar de todo o talento do cofundador da Apple, acumular riqueza não foi o seu principal objetivo na vida.

Acompanhe tudo sobre:AnimaçãoAppleDiversificaçãoEficiênciaEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaEstratégiagestao-de-negociosGovernançaLucroPixarTecnologia da informação

Mais de Negócios

Depois de breakeven, Swap mira crescer 300% até 2025

De churrasco em churrasco, ele construiu um negócio de corrida que fatura R$ 20 milhões

Takeda, empresa que criou a vacina contra dengue, busca fazer 100 milhões de doses por ano até 2030

Nem Oakberry, nem Frooty: maior produtor de açaí do Brasil lança franquia e mira R$ 550 milhões

Mais na Exame