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Passagens aéreas globais devem ter grande salto em 2023

Os fatores por trás dos reajustes das tarifas globais incluem inflação, custos maiores dos combustíveis e restrições de capacidade.

O desvio pode acrescentar até três horas às viagens, com o consequente aumento do consumo de combustível e custos. (David McNew/Getty Images)

O desvio pode acrescentar até três horas às viagens, com o consequente aumento do consumo de combustível e custos. (David McNew/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 8 de dezembro de 2022 às 14h32.

As tarifas aéreas vão subir no mundo todo no próximo ano, com aumento de até 12% nas rotas Europa-Ásia e de 10% nos voos entre a América do Norte e o continente asiático, de acordo com a American Express Global Business Travel.

A Ásia, que foi mais lenta em suspender as restrições de viagens relacionadas à Covid, deve registrar um dos maiores ajustes devido à maior demanda, disse a Amex GBT em seu relatório Air Monitor 2023. As projeções econômicas relativamente fortes da região também podem elevar os preços, segundo o grupo.

Os fatores por trás dos reajustes das tarifas globais incluem inflação, custos maiores dos combustíveis e restrições de capacidade. Tarifas mais altas entre a Europa e a Ásia também refletem o impacto de um redirecionamento das rotas para evitar o espaço aéreo russo, que está fora dos limites de muitas companhias aéreas após a invasão da Ucrânia.

O desvio pode acrescentar até três horas às viagens, com o consequente aumento do consumo de combustível e custos.

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Os preços das passagens já estão elevados desde antes da pandemia, que trouxe caos às viagens e obrigou companhias aéreas a reduzir a capacidade. Os principais mercados, como EUA e Europa, enfrentaram obstáculos para responder ao crescimento da demanda quando as restrições foram suspensas.

O aumento de 12% na rota Ásia-Europa refere-se a tarifas da classe econômica, enquanto os preços dos bilhetes de classe executiva para voos entre os continentes devem aumentar 7,6%, em média. As tarifas América do Norte-Ásia podem subir 5,6% na executiva.

Um dos maiores reajustes será visto nos bilhetes de classe executiva dentro da Austrália, com um salto em torno de 19%, de acordo com o relatório. Embora a demanda esteja de volta aos níveis pré-Covid, as aéreas reduziram a capacidade para lidar com problemas como falta de pessoal e altos custos do combustível, o que elevou os preços das passagens.

Na Europa, que também enfrenta um déficit da capacidade aérea em relação à demanda, as tarifas intrarregionais devem subir 6% na classe executiva e 5,5% na econômica no próximo ano, disse a Amex GBT.

O aumento não será tão acentuado na América do Norte, onde os preços dos bilhetes serão reajustados em cerca de 3% em ambas as classes de cabine. As tarifas na rota América do Norte-Europa terão reajuste de 3,7% em relação a 2022, de acordo com o relatório.

Em comparação com 2019, as passagens aéreas da Ásia para a América do Norte na classe econômica vão dar um salto de quase 23%, enquanto que na executiva serão cerca de 15% mais caras.

“As viagens estão se recuperando na Ásia-Pacífico e devem crescer à medida que os países continuam a reabrir, mas os atuais obstáculos econômicos globais mostram continuidade da turbulência à frente”, disse Harris Manlutac, chefe de consultoria da Amex GBT para a Ásia-Pacífico.

A tolerância das pessoas será testada, mas não vai alterar a necessidade fundamental de viajar, disse.

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