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Opep manterá cautela diante de risco de excesso de oferta em 2021

O cartel e aliados vão se reunir na semana que vem para decidir sobre prorrogação de cortes de produção

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Opep: risco de excesso de oferta em 2021 (Leonhard Foeger/Reuters Business)

Opep: risco de excesso de oferta em 2021 (Leonhard Foeger/Reuters Business)

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Salah Slimani, Grant Smith e Javier Blas, da Bloomberg

Publicado em 27 de novembro de 2020 às, 10h55.

Última atualização em 27 de novembro de 2020 às, 11h04.

O presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) disse que o grupo deve manter a cautela, pois dados internos apontam para o risco de um novo superávit de petróleo no início de 2021, se o cartel e aliados decidirem ir em frente com o aumento da oferta em reunião na próxima semana.

Embora os preços do petróleo tenham subido para 45 dólares o barril em Nova York nesta semana, o maior nível em oito meses, o ganho pode ser frágil, disse por telefone Abdelmadjid Attar, ministro de Energia da Argélia, que neste ano detém a presidência rotativa da Opep.

A coalizão Opep+, com 23 países e liderada pela Arábia Saudita e Rússia, se reunirá na segunda e terça-feira para decidir se vai prosseguir com o aumento da produção de 1,9 milhão de barris por dia programado para janeiro. A coalizão sinalizou que está inclinada a adiar a medida.

“A Opep+ terá que manter seu curso e sua singularidade se quisermos alcançar um preço justo do interesse de todos”, disse Attar.

Um comitê da Opep que se reuniu na quarta e quinta-feira concluiu que os estoques globais vão crescer no primeiro trimestre a uma taxa de 200 mil barris por dia, caso os ministros decidam aumentar a produção, de acordo com delegados, que pediram anonimato.

Ratificando as recomendações de outro painel técnico que se reuniu na semana passada, o Conselho da Comissão Econômica examinou duas propostas a serem consideradas pelos ministros, que envolveriam um adiamento de três ou seis meses, disseram os delegados.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados continuarão a reduzir os estoques mundiais de petróleo em 1,7 milhão de barris por dia no primeiro trimestre, se adiarem o aumento da oferta em três meses, segundo as projeções da comissão. Os estoques cairiam ainda mais rápido no segundo trimestre, em 3,2 milhões de barris por dia, se optarem por um adiamento de seis meses.

Precificado

Os mercados de petróleo já precificaram um adiamento de três meses, que é a expectativa de 34 dos 36 analistas, traders, e refinarias consultados pela Bloomberg.

“A Opep+ cumprirá seu compromisso de ser proativa e se ajustar às circunstâncias em evolução do mercado, notadamente a economia de curto prazo e a fraqueza da demanda por petróleo”, disse Harry Tchilinguirian, responsável por estratégia de mercados de commodities do BNP Paribas.

O Conselho da Comissão Econômica apresenta análises aos ministros, mas não é responsável pela política, e muitas vezes os ministros da Opep optam por soluções diferentes das sugeridas por seus especialistas técnicos.

Alguns analistas preveem que a Opep+ pode ser obrigada a se conformar com um adiamento mais curto em meio à maior resistência dos Emirados Árabes Unidos e do Iraque, que desejam retomar as vendas de petróleo.

Os preços se recuperaram o suficiente para que o grupo opte por um atraso de dois meses, ou possivelmente apenas um, disseram analistas do Citigroup em relatório.

“Se os preços mais fortes persistirem ou mesmo subirem ainda mais até o fim de semana, a Opep+ deve antecipar seu próximo aumento da produção”, disse o banco.

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