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Essa rede de restaurante investirá R$ 25 mi este ano para nacionalizar um dos pratos de domingo

Conhecida por seu famoso galeto e massa fresca, o restaurante gaúcho Galeto Mamma Mia vai inaugurar três lojas no começo deste ano, chegando em um novo estado ainda neste semestre

Julinho Cavichioni, dono da rede de restaurante Galeto Mamma Mia: Pedi emancipação aos 16 anos para abrir o meu primeiro negócio  (Galeto Mamma Mia/Divulgação)

Julinho Cavichioni, dono da rede de restaurante Galeto Mamma Mia: Pedi emancipação aos 16 anos para abrir o meu primeiro negócio (Galeto Mamma Mia/Divulgação)

Publicado em 14 de abril de 2024 às 07h59.

Última atualização em 14 de abril de 2024 às 18h05.

Um dos pratos típicos de muitos brasileiros no domingo costuma ser macarrão, maionese, salada e frango. Esse cardápio faz parte da tradição da família de Julinho Cavichioni.

Filho de imigrantes italianos, Julinho nasceu em Gramado, RS, e já na infância mostrou que tinha jeito para o mundo do empreendedorismo.

“Com 11 anos tive que convencer meus pais a abrirem um armazém para atender os colonos, que são as pessoas que trabalham com hortas na região de Gramado”, diz o gaúcho que ao ver que o armazém deu certo, decidiu apostar no seu próprio negócio.

Com isso, aos 16 anos, pediu emancipação para os pais e abriu o seu primeiro restaurante em 1985, em Gramado, que hoje é conhecido como Galeto Mamma Mia.

“Trouxe a culinária típica dos imigrantes italianos para o meu negócio, com destaque especial para a massa e o galeto”.

O primeiro empreendimento de Julinho começou a dar certo, com filas de espera aos finais de semana logo no primeiro mês. “Fiquei curioso para entender de onde vinha aquelas pessoas. Foi então que fui ao estacionamento ver as placas dos carros e notei que a maioria vinha de Porto Alegre”.

Não demorou muito para Julinho apostar no segundo restaurante, e em 1986 realizou a sua primeira expansão do negócio na capital. “É a cidade que hoje mais conta com restaurantes da nossa rede, somando 13 unidades.”

A expansão por meio de franquias

A ideia de expansão por franquias surgiu para Julinho em uma época em que não se falava muito sobre esse formato.

Na sede da Mamma Mia, em Gramado, ele criou em 1990 um grande espaço de administração embaixo do restaurante. “Separei uma parte para treinamento dos franqueados, porque vi que funcionava com o McDonald’s e que seria importante para o meu negócio no futuro”, afirma.

A fase de franquias, no entanto, chegou para os negócios de Julinho apenas em 2012, com a primeira unidade franqueada.

“Chegamos no segundo estado apenas no ano passado, que é Santa Catarina, e em maio deste ano chegaremos no Paraná com dois restaurantes”, diz o empresário que irá lançar ainda neste semestre um restaurante na Rua Coberta, local turístico de Gramado. “Queremos lançar até junho, para aproveitar a época do inverno, que costuma ser agitada na região”.

Hoje a rede de restaurantes de Julinho já soma 37 restaurantes, com as marcas Mamma Mia, El Fuego e Neni. “Estamos expandindo no Sul e já estudando chegar na região Sudeste e logo depois, quem sabe, em outro país”, diz. “Queremos estar no Brasil inteiro, mas não vamos abrir a loja agora, porque abrimos um restaurante quando sentimos segurança com o negócio.”

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Desafio: expandir o prato de domingo com o jeito italiano

Um dos motivos que segura a expansão dos restaurantes de Julinho é a qualidade dos produtos. “Temos características únicas dos produtos, o galeto por exemplo é fresco, a batata da maionese é cozida duas horas antes do consumo e as massas artesanais são de produção própria”, diz o executivo. “Temos o desafio logístico de chegar em regiões mais distantes com a mesma qualidade.”

Um outro desafio que impactou o negócio foi o período da pandemia. Na época, Julinho lembra que precisou se reinventar e contou muito com o apoio de todos os funcionários e da tecnologia.

Faz parte do menu do Galeto Mamma Mia massas frescas, saladas da horta e o famoso galeto - comida típica italiana (Galeto Mamma Mia /Divulgação)

“Com o restaurante fechado e o rodízio de funcionários, tivemos profissionais do corporativo ajudando a assar galetos e a operar o caixa”, diz o empresário que comenta que não precisou fechar nenhum restaurante na época.

“Também passamos a avançar no delivery e com isso hoje estamos entre os três restaurantes que mais vende por iFood”.

Depois da crise que fez o faturamento cair 100% nos primeiros meses da pandemia, a empresa, que segue sob gestão familiar, recuperou o fôlego e segue otimista com o faturamento para os próximos anos. De 2021 para 2022, cresceram 59%, e de 2022 para 2023 o crescimento foi de 30%.

“A expectativa deste ano é crescer 32%”, diz Julinho. “Antes de ir para fora, temos um cenário muito grande de ensinar o país de comer galeto e massa fresca, que é o nosso famoso prato de domingo.”

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