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Engevix renegocia dívidas com 11 bancos

A empresa tenta renegociar prazos e custo com o BicBanco e a retirada do processo judicial


	Projeto Cacimbas, da Engevix: a reestruturação da dívida da Engevix está sendo feita pela consultoria Valuation
 (Divulgação/ Engevix)

Projeto Cacimbas, da Engevix: a reestruturação da dívida da Engevix está sendo feita pela consultoria Valuation (Divulgação/ Engevix)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2015 às 10h18.

São Paulo - Na semana passada, o BicBanco, que há pouco mais de um ano foi vendido para o China Construction Bank, resolveu ir à Justiça cobrar R$ 67 milhões de dívidas não pagas pela Engevix.

A empresa tenta renegociar prazos e custo com a instituição e a retirada do processo judicial, pois esse caso pode inviabilizar a renegociação que está em curso com outras 10 instituições financeiras.

Mas o advogado do banco, Marcial Hollanda, diz que até agora não recebeu nenhuma instrução para encerrar o processo, que ainda corre na Justiça paulista.

A reestruturação da dívida da Engevix está sendo feita pela consultoria Valuation, que até agora, segundo suas informações, já conseguiu assinar acordos com sete instituições e em outras três o comitê de crédito já teria dado o sinal verde para o fechamento do negócio. O nome de nenhuma instituição, entretanto, foi revelado.

Além disso, nem a Engevix nem a Valuation quiseram informar qual o valor total da dívida que está em renegociação com as instituições.

A informação fornecida é apenas de que todos aceitaram alongar o prazo por 18 meses e ainda cobrar juros de CDI, que é a taxa interbancária que baliza empréstimos, mais 1% ao ano - ou algo em torno de 13,75% ao ano.

As condições da renegociação são bem mais vantajosas do que os empréstimos originais, que previam juros mais altos e tinham prazos mais curtos, de apenas 12 meses.

Para se ter uma ideia, as dívidas que estão sendo cobradas na Justiça pelo BicBanco têm um custo de CDI mais 6% em um caso e de 7,4% ao ano em outro caso, o que supera os 17% ao ano.

Bancos

Segundo algumas fontes, para os bancos, a renegociação tem sido um dos caminhos escolhidos para evitar o reconhecimento de provisões com inadimplência que afetam diretamente seus lucros.

Além disso, parte da dívida não tem mais garantias de duplicatas assinadas pela Petrobras.

Dessa forma, o prazo de 18 meses seria uma chance para que a empresa possa nesse meio tempo de fato vender seus ativos, receber os recursos e assim honrar parte das dívidas. Além disso, os bancos conseguem escalonar as provisões ao longo do tempo.

Além da empresa de energia e dos aeroportos, espera-se que a Engevix também se desfaça de parte do estaleiro, caso consiga resolver a atual situação de caixa operacional.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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