Negócios

Empresas negam participação em cartel do metrô de SP em julgamento no Cade

16 empresas e 52 pessoas físicas são investigadas no "cartel do metrô" de São Paulo

Metrô: o advogado da Alstom acusa a Siemens de ter forjado os cartéis (Metrô de SP/Facebook/Divulgação)

Metrô: o advogado da Alstom acusa a Siemens de ter forjado os cartéis (Metrô de SP/Facebook/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de julho de 2019 às 14h30.

Empresas investigadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) negaram participação no chamado "cartel do metrô" de São Paulo e alegaram faltar provas para a condenação. O processo está sendo julgado pelo Cade nesta segunda-feira.

Com 16 empresas e 52 pessoas físicas sob investigação, as sustentações orais dos advogados demoraram cerca de três horas e meia e dominaram a primeira parte do julgamento. O advogado da Alstom, Sérgio Varella Bruna, disse que a Siemens, que delatou o esquema ao Cade, "forjou cartéis onde não existia apenas para tornar sua proposta de leniência mais atraente".

A advogada da Bombardier, Paola Pugliese, questionou as provas e disse que indícios de fraudes documentais foram "esfregados na cara" da superintendência-geral do Cade e que nada foi feito. "Esse julgamento já aconteceu, a portas fechadas", reclamou.

O advogado da CAF, Pedro Zanota, disse que a empresa teve comportamento "individual, independente e competitivo e não merece punição". Priscila Broglio, advogada da Hyundai-Rotem, alegou que a acusação não era respaldada em provas. "Não tem nenhum elemento que ligue a empresa ao cartel", afirmou.

A representante da MGE, Viviane Fraga, disse que a empresa era apenas prestadora de serviços e não participou de nenhum cartel. Eduardo Caminati, representante da RHA, disse que a empresa foi confundida com outra e não firmou contratos investigados.

Os representantes da Serveng, da Tejofran e da MPE também negaram participação das empresas no conluio.

Acompanhe tudo sobre:AlstomBombardierCadeCAFJustiçaMetrô de São PauloSiemens

Mais de Negócios

A malharia gaúcha que está produzindo 1.000 cobertores por semana — todos para doar

Com novas taxas nos EUA e na mira da União Europeia, montadoras chinesas apostam no Brasil

De funcionária fabril, ela construiu um império de US$ 7,1 bilhões com telas de celular para a Apple

Os motivos que levaram a Polishop a pedir recuperação judicial com dívidas de R$ 352 milhões

Mais na Exame