Negócios

Empresa holandesa investe em submarinos “populares”

U-Boat Worx aposta em operadoras de turismo e na Ásia para crescer

C-Explorer 5: modelo pode chegar até 200 metros de profundidade, levando cinco pessoas, durante oito horas (Divulgação)

C-Explorer 5: modelo pode chegar até 200 metros de profundidade, levando cinco pessoas, durante oito horas (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2011 às 15h37.

São Paulo – Se antes os submarinos eram apenas utilizados para fins militares ou em épicas batalhas representadas nos cinemas, agora se torna cada vez mais fácil ter um deles para uso particular. Quem pensa que se trata de embarcações monumentais está enganado. Modelos grandalhões existem, claro. Mas, da mesma forma que as montadoras investem em carros de pequeno porte, a indústria de submarinos também começa a seguir essa linha.

À frente desse mercado ainda incipiente está a holandesa U-Boat Worx. No ano passado, empresa vendeu três modelos. É um bom número para a companhia, já que ela iniciou a classificação de seus produtos um ano antes na empresa alemã de segurança de embarcações Germanischer Lloyd – um processo que demora, no mínimo, dois meses até que o produto possa ser posto à venda.

Agora, a companhia já tem mais cinco unidades prontas e já planeja aumentar a quantidade. “Neste ano vamos, produzir em série e não apenas sob encomenda. Assim podemos manter o preço de fabricação mais baixo e vender por um valor mais alto”, disse a EXAME.com Charlotte Schroots, diretora de vendas e marketing da U-Boat Worx. A empresa não divulga o faturamento.

Novos mercados

“Por enquanto, donos de iates são os maiores compradores, mas acreditamos que operadoras de turismo e pesquisadores também vão se interessar. Aliás, há uma parceria com uma companhia turística em Aruba”, diz Charlotte. Por ora, os principais compradores de submarinos das poucas empresas existentes são bilionários como o magnata russo do petróleo, Roman Abramovich, e Paul Allen, co-fundador da Microsoft, dono de um submarino avaliado em 12 milhões de dólares, com capacidade para dez passageiros.

Para ampliar o mercado potencial, os holandeses criaram versões mais baratas do aparelho. Os cinco modelos disponíveis pela U-Boat Worx variam de 933.000 reais (o preço de um apartamento novo, de 150 metros quadrados e quatro dormitórios, em um bairro nobre de São Paulo) a 2,2 milhões de reais, com capacidade de um a cinco passageiros. O último lançamento é o C-Explorer 5 – um dos mais caros --, que pode chegar até 200 metros de profundidade, levando cinco pessoas, durante oito horas.

A história da empresa é recente. Situada em Breda, na Holanda – a pouco mais de 100 quilômetros de Amsterdã --, a U-boat Worx foi criada pelo empresário Bert Houtman, em 2005, após a venda de sua pequena companhia de softwares Exact. Hoje, a U-Boat Worx conta com representantes na Grécia, França e Estados Unidos. “Agora vamos investir também no mercado asiático que tem crescido bastante”, diz Charlotte. Mas o Brasil fica de fora dos planos da empresa? “Nos encontramos com algumas pessoas, pesquisadores e também empresas turísticas brasileiras para conversar”, diz. Será que Eike Batista está interessado?

Acompanhe tudo sobre:BilionáriosInvestimentos de empresasSetor de transporteTransporte e logística

Mais de Negócios

Na era dos smartphones, ela fez das telas de vidro um negócio de mais de US$ 10 bilhões

Os motivos que levaram a Polishop a pedir recuperação judicial com dívidas de R$ 352 milhões

OPINIÃO: Na lama da tragédia, qual política devemos construir?

Conheça a Rota das Artes, o novo roteiro turístico de Minas Gerais

Mais na Exame