Negócios

Bank of America vai se expandir no país após nova licença

A medida permite que a instituição receba depósitos e ofereça serviços de conta-corrente para clientes corporativos

Mauricio Tancredi, responsável pela área de banco corporativo para o Brasil, acredita que o BofA ficará mais competitivo (Davis Turner/Getty Images)

Mauricio Tancredi, responsável pela área de banco corporativo para o Brasil, acredita que o BofA ficará mais competitivo (Davis Turner/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2011 às 15h04.

Nova York - O Bank of America Corp. pretende se expandir no mercado brasileiro depois de receber uma nova licença para operar no País como banco comercial. A licença permitirá à instituição receber depósitos e oferecer serviços de conta-corrente para clientes corporativos.

A licença vai dar ao maior banco dos Estados Unidos uma vantagem competitiva em uma das economias e mercados financeiros de maior crescimento no mundo. Os emissores de brasileiros captaram um valor recorde de R$ 290,7 bilhões em ações e instrumentos de renda fixa em 2010, em comparação com R$ 107,2 bilhões no ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais.

Marcelo Moussalli, que comanda os serviços de Tesouraria para emissões corporativas do Brasil, disse que a licença vai permitir que o Bank of America, sediado em Charlotte, na Carolina do Norte, possa oferecer a seus clientes globais empréstimos, serviços de banco de investimento e banco corporativo, gerenciamento de caixa e tesouraria. A licença também permite ao banco gerenciar a conta-corrente de seus clientes no dia-a-dia.

“Você pode perder algumas oportunidades se você não se comunica com os clientes regularmente; esta nova licença significa essencialmente que nós estaremos na casa deles diariamente”, disse Moussali em entrevista. Receber depósitos locais é também importante “em termos de ter moeda local mais tarde quando nós emprestarmos em reais”, disse ele.

O Produto Interno Bruto do País se expandiu 7,5 por cento no ano passado, a maior taxa em duas décadas, enquanto os Estados Unidos cresceram 2,8 por cento e o Reino Unido 1,3 por cento, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. O desemprego está numa mínima histórica e o crédito no maior nível de todos os tempos.

‘Mais Competitivo’

“Se nós precisarmos fazer um empréstimo-ponte de curto prazo em reais para ajudar um de nossos clientes a adquirir outro cliente, nós agora seremos capazes de fazer isso”, disse Mauricio Tancredi, responsável pela área de banco corporativo para o Brasil. No passado, o Bank of America só podia fazer isso por fundos no exterior, segundo Tancredi. “Agora nós vamos ter ambas as alternativas. Nós vamos ser mais competitivos, com certeza.”

O Bank of America contratou pelo menos sete novos empregados na área de empresas nos últimos nove meses no Brasil para os novos serviços.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBancosbancos-de-investimentobank-of-americaDados de BrasilEmpresasEmpresas americanasEstados Unidos (EUA)FinançasPaíses ricos

Mais de Negócios

A malharia gaúcha que está produzindo 1.000 cobertores por semana — todos para doar

Com novas taxas nos EUA e na mira da União Europeia, montadoras chinesas apostam no Brasil

De funcionária fabril, ela construiu um império de US$ 7,1 bilhões com telas de celular para a Apple

Os motivos que levaram a Polishop a pedir recuperação judicial com dívidas de R$ 352 milhões

Mais na Exame