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Segunda cúpula entre Trump e Kim coloca egos na mesa

Enquanto Trump quer a desnuclearização total da península coreana, Kim deseja o fim das sanções econômicas. Ambos querem polir a própria imagem

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Kim e Trump, no ano passado: encontro em Hanói, no Vietnã, começa na noite desta terça-feira, no horário de Brasília

Kim e Trump, no ano passado: encontro em Hanói, no Vietnã, começa na noite desta terça-feira, no horário de Brasília

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Redação EXAME

Publicado em 26 de fevereiro de 2019 às, 06h25.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2019 às, 13h28.

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump e seu par norte-coreano Kim Jong-un já estão na cidade de Hanói, no Vietnã, esperando pela abertura da segunda cúpula entre os países, que acontecerá nesta quarta e quinta-feira (noite de hoje no Brasil). O encontro acontece pouco mais de seis meses após a primeira reunião entre as lideranças dos dois países historicamente rivais desde a guerra da Coreia, datada da década de 1950.

Sinalizando para um imenso avanço diplomático desde o início das negociações entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, esta segunda cúpula tanto deverá traçar novos planos para a completa desnuclearização da península coreana como também irá levantar quais promessas efetivamente foram colocadas em práticas desde o primeiro encontro.

Em junho de 2018, quando Trump e Kim se encontraram pela primeira vez em Singapura, quando ficou acertado através de um tratado bilateral que a Coreia do Norte iria se comprometer em acabar com o seu arsenal nuclear, e os Estados Unidos cessariam suas manobras militares conjuntas com o exército sul-coreano.

Além disso, os Estados Unidos também se comprometeram a não aplicar ou incentivar novas sanções econômicas sobre o país asiático enquanto houver avanço diplomático e, além disso, anunciaram que iriam reduzir ou mesmo acabar com as sanções quando obtiver provas práticas de que a Coreia do Norte está se esforçando no desmantelamento de seu programa de nuclearização.

 

Agora, nesta segunda cúpula, os reais avanços práticos que a aproximação entre os dois países vem trazendo serão postos à mesa. Se por um lado Kim parou de testar mísseis balísticos e bombas nucleares dentro de seu país, de outro ele ainda não apresentou nenhuma prova real sobre a desnuclearização da Coreia do Norte, e é justamente isso que os EUA cobram para cumprir sua parte do acordo e pôr fim aos entraves econômicos erguidos contra o norte-coreano.

A escolha do Vietnã como sede da nova conferência não foi ao acaso, claro. O país é um ponto estratégico para Kim e também para Trump. Além de possuir relações diplomáticas sadias com ambos os países e de ser um dos únicos territórios do mundo que mantêm relações econômicas com a Coreia do Norte, o Vietnã é uma área de interesse para um Estados Unidos que pretendem usar estrategicamente o país como mais um contrapeso à influência Chinesa na região.

A depender dos frutos desta nova cúpula, Trump poderá consolidar uma boa safra no cenário político internacional. Ainda nesta segunda-feira, em um sinal positivo sobre o fim da guerra comercial com a China, Trump estendeu o prazo limite de primeiro de março como data final para um acordo com os chineses. Após o anúncio, investidores finalmente passaram a enxergar uma saída para os conflitos comerciais que vêm afetando a economia em uma escala global. 

O problema: a iminente guerra comercial foi criada pelo próprio Trump, assim como a escalada nas ameaças militares com a Coreia do Norte.

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