Acompanhe:

Maduro chama ajuda humanitária de "show fabricado pelos EUA"

"Estão apertando nosso pescoço e nos fazendo pedir migalhas", afirmou Maduro em meio a crise econômica e politica da Venezuela

Modo escuro

Continua após a publicidade
Maduro: a Venezuela sofre uma severa escassez de produtos básicos e uma hiperinflação estima em 10.000.000% em 2019 (Carlos Barria/Reuters)

Maduro: a Venezuela sofre uma severa escassez de produtos básicos e uma hiperinflação estima em 10.000.000% em 2019 (Carlos Barria/Reuters)

A
AFP

Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às, 15h46.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2019 às, 15h48.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assegurou nesta sexta-feira que não vai permitir o "show" da ajuda humanitária, ao se referir ao carregamento que chegou na fronteira com a Colômbia a pedido do opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por cerca de 40 países.

"A Venezuela não vai permitir o show da ajuda humanitária falsa, porque não somo mendigos de ninguém", declarou Maduro em coletiva de imprensa.

Segundo Maduro, a "emergência humanitária é fabricada por Washington", que tem a intenção de "intervir" na Vezenuela.

Maduro atribui a escassez de alimentos e medicamentos que afeta seu país às sanções impostas pelos Estados Unidos.

"Liberem o dinheiro que bloquearam e sequestraram. É um jogo macabro: estão apertando nosso pescoço e nos fazendo pedir migalhas", denunciou.

Uma dezena de veículos carregados com medicamentos e alimentos chegou na quinta-feira na cidade de Cúcuta, na fronteira colombiana, onde foi instalado um centro de estocagem próximo à ponte internacional de Tienditas, bloqueada pelos militares venezuelanos com dois caminhões e uma cisterna.

"Não é nenhuma ajuda. É uma mensagem de humilhação para o povo, porque se quisessem ajudar deveriam cessar todas as sanções econômicas (...) O pacote é bonito por fora, de ajuda humanitária, mas por dentro tem veneno", ressaltou.

Guaidó anunciou que mais carregamentos chegarão nos próximos dias e que outros centros de coleta serão instalados no Brasil e em uma ilha caribenha a ser definida.

Guaidó insiste na importância da entrada de ajuda humanitária e reiterou seus apelos aos militares para que não a impeçam.

"Eles estão em um dilema: ou se colocam ao lado do povo que precisa de ajuda ou do lado da ditadura", disse ele.

O país produtor de petróleo, mergulhado na pior crise de sua história moderna, sofre uma severa escassez de produtos básicos e uma hiperinflação que o FMI estima em 10.000.000% em 2019.

Maduro aproveitou a ocasião para criticar a "parcialidade" do Grupo de Contato Internacional, que exigiu eleições presidenciais livres após uma reunião no Uruguai.

"Rejeitamos a parcialidade, o cunho ideológico do documento do Grupo de Contato, mas estou pronto e disposto a receber qualquer enviado" do bloco de países europeus e latino-americanos, ressaltou.

Oito países da União Europeia (UE) e três da América Latina (Costa Rica, Equador e Uruguai) comprometeram-se a trabalhar para "estabelecer as garantias necessárias para um processo eleitoral confiável no menor tempo possível", segundo o comunicado final do grupo.

O documento não foi assinado pelos outros dois participantes da reunião, Bolívia e México, que argumentaram que não poderiam apoiar a convocação de eleições por se tratar de uma questão de política interna.

O grupo também pediu "permissão para entrada urgente" de ajuda humanitária, e resolveu coordenar essa assistência com o ACNUR, a agência de refugiados da ONU, e enviar uma missão técnica à Venezuela.

Últimas Notícias

Ver mais
Biden e Trump fazem campanha em Nova York
Mundo

Biden e Trump fazem campanha em Nova York

Há 6 horas

'É grave que ela não possa ter sido registrada', diz Lula sobre candidata opositora na Venezuela
Mundo

'É grave que ela não possa ter sido registrada', diz Lula sobre candidata opositora na Venezuela

Há 8 horas

China processa EUA na OMC por políticas de subsídios discriminatórias para veículos elétricos
Mundo

China processa EUA na OMC por políticas de subsídios discriminatórias para veículos elétricos

Há 13 horas

PIB dos EUA cresce 3,4% no 4º trimestre de 2023, após revisão para cima
Economia

PIB dos EUA cresce 3,4% no 4º trimestre de 2023, após revisão para cima

Há 14 horas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais