Acompanhe:

Jato da Boeing no Irã caiu por problemas técnicos, dizem fontes

A queda da aeronave, que acabou com a morte de 176 pessoas, ocorreu horas depois de o Irã lançar mísseis em bases americanas

Modo escuro

Continua após a publicidade
Boeing: queda de aeronave 737 matou quase 180 pessoas (Iran Press/Handout via/Reuters)

Boeing: queda de aeronave 737 matou quase 180 pessoas (Iran Press/Handout via/Reuters)

R
Reuters

Publicado em 8 de janeiro de 2020 às, 20h36.

Um avião ucraniano caiu em uma bola de fogo logo após decolar de Teerã na quarta-feira, matando todas as 176 pessoas a bordo, em um acidente que, segundo fontes de inteligência, provavelmente foi causado por uma falha técnica.

O Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines, a caminho de Kiev e transportando principalmente iranianos e iranianos-canadenses, caiu horas depois de o Irã lançar mísseis em bases que abrigam forças norte-americanas no Iraque, levando alguns a especular que o avião poderia ter sido atingido.

Mas cinco fontes de segurança --três norte-americanas, uma europeia e uma canadense-- que pediram para não serem identificadas, disseram à Reuters que a avaliação inicial das agências de inteligência ocidentais é que o avião sofreu um mau funcionamento técnico e não foi derrubado por um míssil. Havia evidências de que um dos motores do jato superaqueceu, disse a fonte canadense.

O acidente acontece em um momento difícil para a fabricante de aviões Boeing, que recolheu sua frota 737 MAX após dois acidentes. O 737-800 é um dos modelos mais usados no mundo, tem um bom histórico de segurança e não usa a ferramenta de software implicada em quedas do 737 MAX.

"Estamos em contato com nossos clientes de companhias aéreas e os apoiamos neste momento difícil. Estamos prontos para ajudar da maneira que for necessário", afirmou a fabricante em comunicado divulgado nesta quarta-feira. A empresa se recusou a fazer mais comentários.

Em Paris, na quarta-feira de manhã, a fabricante dos motores do avião francesa-americana CFM --de propriedade da General Electric Co e da francesa Safran-- disse que as especulações sobre a causa da queda eram prematuras.

Entre as vítimas estavam 82 iranianos, 63 canadenses e 11 ucranianos, disseram autoridades ucranianas. A rota Teerã-Toronto via Kiev é popular entre os canadenses descendentes de iranianos que visitam o Irã, na ausência de voos diretos, e carregava muitos estudantes e acadêmicos voltando para casa após as férias.No aeroporto principal de Kiev, velas e flores foram colocadas ao lado de fotos dos tripulantes ucranianos mortos.

Esse foi o primeiro acidente fatal da companhia aérea Ukraine International Airlines, que tem sede em Kiev. A companhia disse que estava fazendo tudo o que era possível para confirmar a causa da queda.

A Ucrânia disse que estava enviando uma equipe de especialistas ao Irã para investigar.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que o Canadá "continuará trabalhando em estreita colaboração com seus parceiros internacionais para garantir que este acidente seja completamente investigado" e o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que os Estados Unidos estavam pedindo cooperação completa com qualquer investigação sobre a causa da queda.

Pelas regras internacionais, o Irã tem a responsabilidade de investigar a queda.

A televisão estatal iraniana informou que gravadores de dados e a caixa-preta do avião foram encontrados. O chefe da agência de aviação civil do país disse, segundo a agência Mehr, que o Irã não iria entregar a caixa-preta para a Boeing.

Últimas Notícias

Ver mais
Em meio à crise, CEO da Boeing anuncia que deixará o cargo até o final de 2024
seloMercados

Em meio à crise, CEO da Boeing anuncia que deixará o cargo até o final de 2024

Há 3 dias

Boeing irá se reunir com CEOs de aéreas para tentar contornar crise, diz jornal
seloMercados

Boeing irá se reunir com CEOs de aéreas para tentar contornar crise, diz jornal

Há uma semana

ESPECIAL: Como a crise da Gol se mistura à da Boeing – e o plano de voo da brasileira para sair dela
Exame IN

ESPECIAL: Como a crise da Gol se mistura à da Boeing – e o plano de voo da brasileira para sair dela

Há uma semana

UE diverge sobre sanção ao Irã por envio de armas a aliados do Oriente Médio
Mundo

UE diverge sobre sanção ao Irã por envio de armas a aliados do Oriente Médio

Há uma semana

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais