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Em visita à República Tcheca, Macron pede apoio de aliados da Ucrânia contra ataques russos

Presidente francês concorda com a possibilidade de enviar tropas ocidentais ao país em guerra

Emmanuel Macron, presidente da França (AFP/AFP Photo)

Emmanuel Macron, presidente da França (AFP/AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 5 de março de 2024 às 13h47.

Última atualização em 5 de março de 2024 às 13h48.

O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu nesta terça-feira, 5, em Praga, para que os aliados da Ucrânia "não sejam covardes" diante de uma Rússia "que se tornou imparável", supostamente assumindo suas declarações polêmicas sobre a possibilidade de enviar tropas ocidentais ao país em guerra.

"Sem dúvida, estamos entrando em um momento da nossa Europa em que será conveniente não sermos covardes", disse no início de sua visita à República Tcheca.

Ele fez referência a "potências imparáveis" que "estão expandindo a ameaça a cada dia, atacando-nos mais". "Temos que estar à altura da história e da coragem que isso implica", insistiu.

A visita ao país pretende destacar sua "atenção especial" à Europa Central, explicou sua equipe à imprensa.

"É ou não é a nossa guerra? Podemos nos desviar, considerar que as coisas podem continuar assim? Não acredito, portanto é um salto estratégico que solicitei e assumo plenamente", explicou o presidente francês, salientando que "a clareza" das suas declarações era "o que a Europa precisava".

"Não queremos nenhuma escalada, nunca fomos a favor da beligerância", insistiu.

Durante uma conferência internacional em 26 de fevereiro no Palácio do Eliseu, Macron causou desconforto entre os outros aliados de Kiev ao assumir uma "ambiguidade estratégica" para que o presidente russo Vladimir Putin soubesse que tudo seria feito para impedir que ele "ganhasse esta guerra".

Ele explicou na ocasião que o envio de militares ocidentais à Ucrânia não poderia ser "descartado" no futuro, embora tenha reconhecido que atualmente não havia um "consenso".

Muitos dos aliados ocidentais da Ucrânia, como Estados Unidos, Alemanha, Itália, Polônia, Espanha e República Tcheca, rejeitaram rapidamente essa possibilidade.

O governo francês esclareceu em seguida que se tratava de missões de não combatentes.

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