Acompanhe:

Cientistas descobrem nova espécie acidentalmente ao analisar fóssil na Sibéria

Novo mamífero foi identificado durante análise genética de dentes molares de mamutes de mais de um milhão de anos em região da Rússia

Modo escuro

Continua após a publicidade
Análise de fósseis de mamute na Sibéria, região da Rússia, leva à descoberta de nova espécie (Aunt_Spray/Thinkstock)

Análise de fósseis de mamute na Sibéria, região da Rússia, leva à descoberta de nova espécie (Aunt_Spray/Thinkstock)

C
Carla Aranha

Publicado em 17 de fevereiro de 2021 às, 17h38.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2021 às, 17h40.

O mapeamento do DNA de dentes molares de fósseis de mamutes de mais de um milhão de anos encontrados na Sibéria, região da Rússia, revelou uma surpresa. Um dos maiores desafios foi conseguir identificar o código genético, que estava distribuído por vários segmentos moleculares.

A análise genética proporcionou uma descoberta importante. Os estudos apontaram que o dente mais antigo pertencia a uma espécie ancestral que até então era desconhecida. O novo animal, um parente do mamute, foi chamado de Krestovka em homenagem ao local na Sibéria no qual os fósseis foram encontrados. O mamute surgiu há cerca de 3,5 milhões de anos e foi extinto na pré-história.

"Foi uma completa surpresa", disse Tom van der Valk, do Centro de Paleontogenética de Estocolmo, na Suécia, em entrevista ao jornal britânico Financial Times. "Todos os estudos anteriores indicavam que só havia uma espécie de mamute na Sibéria".

A descoberta acendeu as esperanças de que outras análises possam ser realizadas com espécies que viveram há um milhão de anos, durante a Era do Gelo, considerada uma época de profundas mudanças climáticas. "O mapeamento do DNA dos mamutes pode faciltar o rastreamento de espécies icônicas e apontar como viveram e evoluíram", disse Adrian Lister, do Museu de História Natural de Londres.

O aquecimento global tem provocado um derretimento do permafrost, área permanentemente coberta de gelo e neve na Sibéria. Em alguns locais, a profundidade da camada de gelo pode chegar a 300 metros. Esse manto gelado, com a temperatura de um freezer, manteve esqueletos de mamutes e outras espécies congelados por milhares de anos.

Cada vez mais fósseis vem sendo descobertos na região. No ano passado, pesquisadores encontraram partes do crânio, várias costelas e outros ossos de um mamute em um lago na Sibéria. Em 2018, os cientistas divulgaram imagens de um filhote de cachorro pré-histórico de 18.000 anos, também encontrado na Sibéria. 

 

 

 

Últimas Notícias

Ver mais
Opas alerta sobre recorde de dengue na América Latina, impulsionado por mudança climática
Mundo

Opas alerta sobre recorde de dengue na América Latina, impulsionado por mudança climática

Há 12 horas

Rússia impõe na ONU fim do sistema de controle de sanções à Coreia do Norte
Mundo

Rússia impõe na ONU fim do sistema de controle de sanções à Coreia do Norte

Há 12 horas

Rússia diz ter provas de vínculos de autores de atentado com Ucrânia; Kiev nega participação
Mundo

Rússia diz ter provas de vínculos de autores de atentado com Ucrânia; Kiev nega participação

Há 15 horas

Bombardeios russos transformam vilarejo ucraniano em um 'inferno'
Mundo

Bombardeios russos transformam vilarejo ucraniano em um 'inferno'

Há 21 horas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais