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Mansão com conforto de hotel: MyDoor prepara expansão para Rio, Espírito Santo e até EUA

Empresa especializada em casas compartilhadas de alto padrão vê oportunidade para crescer no mercado de segunda residência

Casa Enseada do Castelo, na Praia do Forte (BA), tem cada cota negociada por R$ 1,28 milhão

Casa Enseada do Castelo, na Praia do Forte (BA), tem cada cota negociada por R$ 1,28 milhão

Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 16 de dezembro de 2023 às 08h45.

Última atualização em 18 de dezembro de 2023 às 15h37.

Casa na praia, casa de campo: o sonho da segunda residência (e o preço para alcançá-lo) cresceu com o confinamento imposto pela pandemia. Mas, e se fosse possível comprar o tão sonhado imóvel por um preço mais acessível e, de quebra, com conforto de hotel? Foi essa premissa que levou Roberto Pinheiro e Fábio Godinho a fundarem a MyDoor em 2021.

A empresa especializada em casas compartilhadas de alto padrão nasceu juntando as mais de duas décadas de experiência dos fundadores – Pinheiro no mercado imobiliário e Godinho na frente de turismo e hospitalidade. O objetivo era oferecer imóveis de alto padrão por um oitavo do preço original, através do regime compartilhado: uma mesma residência pode ser dividida por até oito cotistas. 

“O mercado de segunda residência tem um custo extremamente alto e um uso bem baixo. Vimos aí uma oportunidade. Na MyDoor, a casa é compartilhada, mas o uso é exclusivo e a experiência é personalizada”, afirma Pinheiro em entrevista à EXAME.

O preço médio das cotas das mansões oferecidas pela MyDoor é de R$ 750 mil, mas os preços vão de R$ 250 mil até R$ 5 milhões.

Com o uso compartilhado, os cotistas diminuem o valor da aquisição e contam com o serviço da empresa para tudo que envolve a gestão do imóvel, desde decoração até contratação de funcionários e manutenção. 

Outro diferencial é a personalização. “Oferecemos real estate com conforto de hotel. Tudo o que o cliente quiser podemos entregar: jantares temáticos, serviço de recreação para crianças, organização de passeios, eventos”, comenta Pinheiro.

O tempo de uso da casa é de 44 dias por ano a cada cota – é possível comprar mais de uma cota e assim ter maior direito de uso sobre o imóvel. Datas comemorativas, como Ano Novo e Natal, são escolhidas via sorteio e, caso o cotista não vá fazer uso da casa em suas datas designadas, pode alugar a propriedade. A MyDoor organiza a gestão entre os cotistas e a locação dos imóveis.

Roberto Pinheiro, co-fundador da MyDoor

Roberto Pinheiro, co-fundador da MyDoor

Os planos de expansão da MyDoor

O portfólio atual da MyDoor conta com 23 imóveis, e a expectativa é chegar ao patamar de 40 em 2024. Atualmente a empresa tem atuação em São Paulo (interior e litoral), Bahia, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Alagoas. O foco para o próximo ano é expandir as operações para três novas localidades: Espírito Santo, Rio de Janeiro e Miami, nos Estados Unidos.

No Espírito Santo as conversas já estão avançadas tanto para o ambiente de praia, em Guarapari, quanto de montanha, na região ao redor do Parque Estadual da Pedra Azul. Já no Rio de Janeiro, o foco é começar na própria capital, para depois expandir para outras áreas litorâneas, como Angra dos Reis, além de opções na região serrana. Nos Estados Unidos as conversas estão em estágio inicial, mas Pinheiro vê forte apetite entre os brasileiros que viajam com frequência aos EUA. 

“Muita gente nos procura para implementar nosso modelo no exterior. O grande benefício dele é ser replicável em qualquer lugar do mundo. O fato da segunda residência não ser usada full time é uma questão tanto aqui quanto nos EUA e Europa”, diz. 

Para acelerar os planos de expansão, a MyDoor conta com um modelo de associação a parceiros locais. “Eles conhecem a legislação, têm bom relacionamento e nos ajudam a encontrar as melhores oportunidades. Assim, já começamos a operar estruturados nas novas praças”, afirma. Outro plano para o ano que vem envolve estudos para entrada no mercado de lançamentos, tendo as incorporadoras como parceiras.

“O compartilhamento de imóveis de luxo já é uma realidade. Grupos de amigos ou conhecidos nos procuram para estruturar uma casa para que eles dividam: é um modelo de alta procura, que tende a crescer ainda mais”, conclui.

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