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Brasileiros pretendem tomar mais crédito em 2023 mesmo com cenário adverso, diz Creditas

Pesquisa realizada pela startup de serviços financeiros mostra que brasileiro segue em busca de financiamento mesmo com juros e inflação altos

Empréstimos: brasileiros devem buscar novo crédito em 2023, aponta Creditas (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Empréstimos: brasileiros devem buscar novo crédito em 2023, aponta Creditas (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 30 de dezembro de 2022 às 10h30.

Última atualização em 30 de dezembro de 2022 às 10h30.

O ano de 2022 foi bastante desafiador para as contas do brasileiro, que viu seu poder de compra ser corroído pela alta da inflação enquanto os empréstimos ficavam mais caros com o disparada da taxa de juros. O resultado foi um salto na inadimplência.

A taxa de inadimplência ficou em 4,3% em novembro, o patamar mais elevado desde junho de 2018, quando era de 4,4%. Segundo dados do Banco Central divulgados na última terça-feira, 27, o indicador cresceu 0,1 ponto percentual em relação a outubro deste ano, quando era de 4,2%.

Porém, mesmo com o aumento dos desafios, o brasileiro segue vendo o crédito como um aliado. A Creditas, fintech de soluções financeiras, divulgou os resultados de uma pesquisa realizada em julho com mais de 1.500 brasileiros sobre sua relação com o crédito. O resultado foi que metade (47%) dos respondentes pretendem pegar algum crédito futuramente, sendo em sua maioria (63%) em até 12 meses.

Para Maria Teresa Fornea, vice-presidente da unidade home da Creditas, o resultado da pesquisa inspira cautela, em especial considerando que o brasileiro ainda não tem uma relação saudável com o crédito.

“O aumento de renda das famílias não foi proporcional ao cenário macroeconômico e houve um estrangulamento da renda. A busca por crédito com esse ambiente traz uma preocupação porque o principal ponto que ainda falta ser desenvolvido no Brasil é a educação financeira. O crédito não necessariamente é ruim, ele pode vir para fomentar”, afirma Fornea.

Entre os exemplos, 52% dos respondentes da pesquisa dizem já ter se endividado por mau uso do cartão de crédito ou do cheque especial.

Leia também: Juros e inadimplência sobem e atingem maior patamar em cinco anos, indica Banco Central

O objetivo da Creditas diante desse cenário é capturar a demanda por crédito oferecendo empréstimos “de melhor qualidade”: com taxas menores, prazos mais curtos, uso de garantias e que se encaixem na realidade do tomador.

O principal objetivo dos para o uso do crédito entre os investidores é comprar uma casa. Em segundo lugar, adquirir um carro ou moto, seguido de empreender. Entre os que já utilizaram crédito para empreender, 54% usaram o dinheiro para expandir o negócio, 41% para obter capital de giro, 31% para abrir o próprio negócio e 7% para evitar a falência.

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