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Santander eleva Vibra (VBBR3), mas mantém Ultrapar (UGPA3) como preferida

O banco vislumbra um momento positivo e de impulso nos lucros para as distribuidoras de combustíveis

Santander eleva Vibra (VBBR3): banco estima momento positivo e de impulso nos lucros para as distribuidoras (Vibra/Exame)

Santander eleva Vibra (VBBR3): banco estima momento positivo e de impulso nos lucros para as distribuidoras (Vibra/Exame)

Janize Colaço
Janize Colaço

Repórter de Invest

Publicado em 3 de outubro de 2023 às 12h21.

Última atualização em 3 de outubro de 2023 às 12h21.

O Santander vislumbra um momento positivo para as distribuidoras de combustíveis brasileiras e, diante disso, elevou a recomendação para compra da Vibra (VBBR3). Apesar disso, os analistas do banco destacam que a preferência no setor continua sendo a Ultrapar (UGPA3).

Além da recomendação, a Vibra também teve o preço-alvo atualizado, saindo de R$ 17,50 para R$ 28 - o que representa um upside de 49%. No Ibovespa, por volta das 12h15, os papéis da VBBR3 subiam 1,01%. Já a Ultrapar, cujo preço-alvo também foi elevado – de de R$ 16,50 para R$ 27 (upside de 45%) – sobe 0,77% no pregão desta terça.

Segundo Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, que assinam o relatório do Santander, é esperado para o segundo semestre deste ano um forte impulso de lucros para o setor de distribuição de combustíveis. Os analistas destacam dois fatores que devem embasar esse cenário:

  • ambiente competitivo mais saudável, com menos importações de diesel russo colocando todas as empresas em igualdade de condições
  • ganhos de estoque no terceiro trimestre (3T23), devido ao aumento dos preços dos combustíveis pela Petrobras (PETR4). 

Outro ponto citado pelos analistas é que um melhor ambiente competitivo levará à recuperação gradual da participação de mercado da Vibra e da Ipiranga da Ultrapar. “Esperamos margens EBITDA acima de R$ 160 por metro cúbico no 3T23 (dos quais R$ 35-40/m³ estão relacionados a ganhos de estoque), e se manterão em R$ 130-140/m³ em 2024. Reiteramos que os preços mais elevados dos combustíveis irão pressionar o capital de giro, sublinhando a importância do fornecimento estratégico (por exemplo, utilizando importações para um melhor ciclo de caixa).”

Vibra: impulso nos lucros

Embora os analistas do Santander frisem que a Vibra ainda carece de mais clareza sobre a sua estratégia de médio e longo prazo, há a expectativa de que a empresa se beneficie com o impulso nos lucros neste semestre. Do lado financeiro, para 2024, eles projetam um sólido rendimento de fluxo de caixa (FCFY) de 13%, e rendimento de dividendos (DY) de 8%.

“Esperamos que a Vibra entre em uma fase de desalavancagem, que poderá gerar dividendos melhores do que o esperado em 2024-25. No que diz respeito à avaliação, ela está sendo negociada a 7,4x preço/lucro para 2024E, um desconto de aproximadamente 38% em relação à sua média histórica de três anos.”

Ultrapar: estratégia de holding mais clara e dinâmica

A preferência pelas ações da Ultrapar, segundo os analistas, se dá também pela expectativa de impulso nos lucros e pela estratégia de holding mais clara e dinâmica – ao que antes era um conglomerado. Essa estratégia, segundo eles, destaca-se por: 

  • ser mais ativa na alocação de capital, com melhor retorno sobre capital investido (ROIC);
  • foco na gestão dos negócios com os executivos mais adequados, mantendo ao mesmo tempo um pipeline de sucessão. 

Além disso, o Santander projeta que a Ultrapar capture o forte impulso de lucros de curto prazo para a distribuição de combustíveis, através da Ipiranga, e distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), através da Ultragaz, onde os analistas acreditam que as margens recentes são sustentáveis. 

“O balanço patrimonial permanece robusto, em nossa opinião, pois esperamos que fortes resultados e entradas de caixa de desinvestimentos se traduzam em 1x dívida/EBITDA no final de 2024, abaixo da meta da administração de 1,5-2x, apontando para um dividend yield sólido de 5% de aproximadamente 5% para 2024”, explicam. 

Com relação à avaliação, os analistas do Santander veem a Ultrapar sendo negociada a 1,8x P/L para 2024, um desconto entre 20% e 25% em relação às suas médias históricas de três e cinco anos, respectivamente. Eles frisam que detalhes adicionais sobre iniciativas de crescimento podem ser um catalisador significativo para o estoque.

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