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Investidores esperam que alta de ações dure pouco, diz BofA

As alocações em ativos de altíssima liquidez diminuíram este mês e agora estão em níveis vistos pouco antes do início da guerra na Ucrânia em fevereiro passado

Mercado externo: As bolsas nos EUA e Europa continuam em trajetória de alta, com mais otimismo em relação ao crescimento econômico e redução da inflação (Leandro Fonseca/Exame)

Mercado externo: As bolsas nos EUA e Europa continuam em trajetória de alta, com mais otimismo em relação ao crescimento econômico e redução da inflação (Leandro Fonseca/Exame)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 14 de fevereiro de 2023 às 09h25.

As bolsas nos EUA e Europa continuam em trajetória de alta, com mais otimismo em relação ao crescimento econômico e redução da inflação, mas a maioria dos investidores não acredita que os ganhos durarão muito, segundo a mais recente pesquisa global junto a gestores de recursos do Bank of America.

Cerca de 66% dos participantes da sondagem de fevereiro disseram que a renda variável passa por um rali de mercado de baixa, ou seja, uma tendência de alta temporária antes de afundar para novas mínimas.

Por outro lado, o pessimismo em relação à economia é o mais baixo em um ano. A parcela dos entrevistados que espera uma recessão global caiu para 24%, contra um pico de 77% em novembro. E 83% dos gestores esperam que a inflação diminua ainda mais nos próximos 12 meses, segundo a enquete.

O estrategista Michael Hartnett disse que o posicionamento em renda variável está baixo o suficiente para evitar uma correção imediata nos preços das ações. Cerca de 31% dos investidores têm exposição reduzida (underweight) à renda variável, contra um pico de 52% em setembro, embora ainda seja uma proporção maior do que a média histórica.

Enquanto isso, as alocações em ativos de altíssima liquidez diminuíram este mês e agora estão em níveis vistos pouco antes do início da guerra na Ucrânia em fevereiro passado, disse Hartnett.

Depois de afundar em um mercado de baixa no ano passado, os mercados acionários dos EUA e Europa se recuperaram em 2023, à medida que os sinais de redução da inflação estimularam apostas de que os bancos centrais reduziriam o ritmo do aperto monetário. O otimismo sobre a reabertura na China e os preços mais baixos do gás natural na Europa também melhoraram o humor dos investidores.

Mas estrategistas como Marko Kolanovic do JPMorgan permanecem cautelosos sobre as perspectivas para as ações porque a possibilidade de uma recessão ainda não foi precificada.

Hartnett recomendou na semana passada que os investidores realizem lucros quando o S&P 500 atingir 4.200 pontos, cerca de 1,5% acima do último fechamento. As ações enfrentam seu próximo grande teste nesta terça-feira, com a divulgação de dados de inflação nos EUA que darão mais pistas sobre os possíveis próximos passos do Federal Reserve.

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