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Heineken: volume e receita crescem no Brasil, com foco em cervejas premium e reajustes de preços

Em 2022, a receita no país cresceu mais de 30% e o volume voltou a avançar acima de 8%, com a empresa superando problemas de distribuição

Heineken: Brasil é o maior mercado do rótulo principal da cervejaria holandesa (Eric Gaillard/Reuters Business)

Heineken: Brasil é o maior mercado do rótulo principal da cervejaria holandesa (Eric Gaillard/Reuters Business)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 15 de fevereiro de 2023 às 06h47.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2023 às 07h16.

Depois de problemas na logística e distribuição ao longo de 2020 e 2021, a Heineken voltou à rota de crescimento no Brasil em 2022. No país, a receita cresceu na casa de 30% organicamente, impulsionada pelo aumento da participação do portfólio premium, reajustes de preços e volume maior. 

O volume da cervejaria holandesa aumentou um dígito alto, algo entre 8% e até 9,9%. Com a estratégia de dar foco aos rótulos Heineken e Amstel, a empresa conseguiu um aumento de acima de 20% no portfólio "premium" e "mainstream", com essas duas marcas alcançando participação de mercado recorde. Mas viu os rótulos econômicos como Kaiser, Schin e Glacial caírem mais de 15%.

O crescimento da receita no mercado brasileiro, o maior do mundo em vendas da marca Heineken, ficou em linha com o desempenho global, que cresceu 30,4%, para 34,68 bilhões de euros. O aumento de volume, no entanto, foi superior no país. No mundo, avançou 6,9%, com o portfólio premium crescendo 11,4%, sendo que a cerveja Heineken cresceu 12,5%.

O maior impacto negativo - uma queda de 2,7% - para o volume da companhia veio justamente do leste europeu, onde a companhia desfez de suas operações russas, e da África. Na Europa, o crescimento de volume também foi mais lento, a 8%. Nas Américas, o volume cresceu 13,5%, enquanto acelerou 33,4% na região da Ásia-Pacífico.

O lucro líquido da empresa caiu 19%, para 2,68 bilhões de euros com impacto relativo ao valor justo na participação que detinha da indiana United Breweries. Excluindo os eventos não recorrentes e amortizações, o lucro líquido cresceu 30%.

Para o presidente da Heineken no mundo, Dolf van den Brink, o resultado foi "forte" para um ano em que o ambiente ainda demonstrou desafios e volatilidade. "Para o novo ano, a economia global continuará desafiadora. Seguiremos investindo, enquanto continuamos disciplinados com precificação e custos."

A empresa espera um crescimento modesto ou estabilidade de volumes em países em desenvolvimento, como o Brasil, e uma redução na Europa, em 2023. Também prevê um aumento do lucro operacional de 5% até 10%.

 

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