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Ata do Copom, balança comercial da China, reação ao Itaú, vendas do varejo e o que move o mercado

Documento do Banco Central dá detalhes sobre divergência em votação por queda de juros

Membros do Comitê de Política Monetária (Copom): 5 votaram por queda de 0,50 ponto percentual em última decisão da Selic; 4 queriam um corte mais brando, de 0,25 p.p. (Divulgação/Banco Central/Exame)

Membros do Comitê de Política Monetária (Copom): 5 votaram por queda de 0,50 ponto percentual em última decisão da Selic; 4 queriam um corte mais brando, de 0,25 p.p. (Divulgação/Banco Central/Exame)

Guilherme Guilherme
Guilherme Guilherme

Repórter de Invest

Publicado em 8 de agosto de 2023 às 08h18.

Última atualização em 8 de agosto de 2023 às 08h36.

Investidores deverão repercutir ao longo desta terça-feira, 8, os pormenores da ata da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).

O Copom iniciou o ciclo de queda de juros na semana passada, com um corte de 0,50 ponto percentual (p.p.), reduzindo a taxa Selic para 13,25%. O corte foi acima do projetado pelo mercado, que esperava um ajuste mais brando de 0,25 p.p. para o início de ciclo.

Ata do Copom

O documento, divulgado no início desta manhã pelo Banco Central, trouxe mais detalhes sobre as divergências sobre o ritmo do primeiro corte de juros. O placar, vale lembrar, foi de 4 votos favoráveis a um corte de 0,25 p.p. contra a 5 por corte de 0,5 p.p. na semana passada.

Para o grupo que escolheu o ritmo mais intenso, segundo a ata, pesaram os dados de inflação divulgados durante o período entre reuniões do Copom, além da melhora das expectativas de inflação e manutenção da meta de inflação pelo Conselho Monetário Nacional.

Na ata, o Copom voltou a enfatizar haver uma unanimidade em manter o ritmo de corte de juros em 0,50 p.p. para as próximas reuniões. O ritmo, disse a ata, é "apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário" e para a reancoragem das expectativas de inflação. 

A surpresa e os sinais de que o ritmo será mantido nas próximas reuniões fizeram economistas revisarem no Focus a projeção de Selic para 2023 , que passou de 12% para 11,75%. Também foram revisadas em 0,25 p.p. para baixo as taxas Selic de 2024 e 2025 para 9% e 8,5%, com o mercado prevendo juros mais menores no fim do ciclo de queda.

Balança comercial da China

A China superou as estimativas do mercado para sua balança comercial de julho, que ficou positiva em US$ 80,6 bilhões. A projeção era de um saldo de US$ 70,6 bilhões. As quedas das importações e exportações, no entanto, ficaram acima do projetado, com respectivo recuo de 12,4% e 14,5%. O consenso era de que as importações caíssem 5% e as exportações 12,5%.

Índice Cielo  de Varejo Ampliado

As vendas do varejo cresceram 1,5% em julho em termos nominais frente ao mesmo período do ano passado, segundo o Índice Cielo  de Varejo Ampliado (ICVA). Colocando na conta os efeitos da inflação, o varejo teria encolhido 0,7%. Os destaques de crescimento foram as vendas em supermercados. As categorias de vestuário e bares e restaurantes reduziram o nível de atividade. Enquanto serviços e bens duráveis tiveram respectivas quedas de 5,2% e 2,3%, as vendas de bens não duráveis subiram 2% na comparação anual. Os números foram divulgados nesta manhã.

Balanços do dia

Investidores também se preparam para mais um dia de agenda de balanços recheada. Entre os resultados do segundo trimestre mais aguardados desta terça estão os da Braskem, Enjoei, Méliuz, RaiaDrogasil, Totvs, Cury e Engie Brasil. Todos eles estão previstos para após o encerramento do pregão.

Enquanto aguardam pela nova bateria de resultados, investidores reagirão na bolsa aos balanços divulgados na noite de ontem. Entre os maiores destaques estiveram os números do Itaú e da Eletrobras.

Itaú supera Bradesco e Santander*

Maior banco privado do Brasil, o Itaú registrou lucro líquido de R$ 8,7 bilhões no segundo trimestre, representando uma alta anual de 14%.

O lucro do Itaú superou, mais uma vez, os resultados somados de Bradesco  e Santander Brasil , seus principais pares privados. O Bradesco teve um lucro de R$ 4,518 bilhões no segundo trimestre do ano, uma queda de 35,8% na comparação anual. Já o Santander teve um resultado de R$ 2,3 bilhões no período, queda anual de 43,5%.

Eletrobras: lucro cresce 16%

A Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 1,61 bilhão no segundo trimestre, 16% a mais que o registrado no mesmo período do ano passado. A receita bruta subiu 5% para R$ 11 bilhões.

*Com contribuição de Beatriz Quesada
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