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Ibovespa cai mais de 1% com temores sobre recuperação econômica

Disseminação da variante Delta do coronavírus e dados abaixo do esperado reforçam percepção negativa no mercado internacional

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Painél de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Painél de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 8 de julho de 2021 às, 10h20.

Última atualização em 8 de julho de 2021 às, 16h10.

O Ibovespa volta a cair nesta quinta-feira, 9, acompanhando a preocupação mundial com o avanço da variante delta do coronavírus, que pode forçar um passo atrás na recuperação da economia global. O pregão é o último antes do feriado desta sexta-feira, o que também contribuiu para a aversão ao risco na bolsa local. Às 16h05, o principal índice da B3 caía 1,3% para 125.371 pontos.

O movimento de queda da bolsa brasileira ocorre em linha com a aversão ao risco do mercado internacional. No exterior, todos os principais índices de ações operam com queda, enquanto investidores aumentam posição em ativos defensivos, como títulos do Tesouro americano e em moedas fortes.

Nos Estados Unidos, os índices S&P 500 e Nasdaq caem em torno de 1%, após terem renovado suas máximas históricas na véspera. "A variante Delta explica o mercado mais preocupado com a recuperação econômica no segundo semestre. As bolsas, quando estão trabalhando nas máximas, precisam apenas de um pequeno catalisador para uma realização de lucros", disse Bruno Lima, analista-chefe de ações do BTG Pactual Digital, no programa ”Abertura de Mercado” desta quinta.

No Brasil, o dólar sobe pelo oitavo pregão consecutivo, sendo negociado acima de 5,25 reais. A alta da moeda americana se acelerou ainda mais após a divulgação dos pedidos semanais de seguro desemprego nos Estados Unidos, que vieram acima da previsão. Por lá, foram registrados 373.000 pedidos ante a expectativa de 350.000.

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Além do cenário externo, seguem no radar dos investidores questões políticas envolvendo denúncias de corrupção na compra de vacinas e a perda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro.  "A nota das forças armadas e a CPI da Covid contribuem para a aversão ao risco registrada hoje”, afirma André Machado, fundador da escola de traders “Os 10%”.

Machado ainda ressalta que "sempre que o presidente é pressionado, ele parte para medidas de cunho populista". "A questão política afeta diretamente o lado fiscal. Quando houve novas denúncias de corrupção, ele estendeu o auxílio emergencial por três meses."

Investidores também repercutem a divulgação do IPCA de junho, que saiu abaixo do esperado, apontando para uma alta mensal de 0,53%, enquanto o consenso era de uma alta de 0,59%. No mercado de futuros, os juros com vencimento em setembro chegaram a operar em queda no início do dia, mas entraram em alta ainda pela manhã. 

"O IPCA veio levemente abaixo das expectativas e perdeu força em junho, o que deve fazer o Copom seguir a estratégia de aumentar os juros em 0,75% e não ir além disso, como poderia ocorrer", comenta Thomás Gibertoni, analista da Portofino Multi Family Office.

Destaques da bolsa

Na bolsa brasileira, todas as ações do Ibovespa chegaram a operar em queda no início do pregão, com apenas algumas se recuperando do movimento de queda. Entre as ações com maior peso no índice, as da Vale (VALE3), da Petrobras (PETR3/PETR4) e dos grandes bancos seguem no campo negativo, com depreciações de mais de 1%, exercendo pressão negativa sobre os negócios.

As quedas são ainda maiores entre as siderúrgicas. Impactadas pela desvalorização de 1,96% do minério de ferro na China, as ações da CSN (CSNA3) caem 4,29%, enquanto Usiminas (USIM5) e Gerdau (GOAU4) caem mais de 3%.

Entre as poucas ações que operam no campo positivo, estão as das empresas de shoppings. Iguatemi (IGTA3) lidera as altas subindo 1,26%. BR Malls (BRML3) sobe 0,4% e Multiplan tem alta de 0,04%.

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