Investimentos em renda fixa, como CDBs, LCIs e LCAs, ganham espaço entre os brasileiros (Evgeniia Siiankovskaia/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 28 de dezembro de 2023 às 11h38.
Última atualização em 15 de abril de 2024 às 11h51.
À medida que os ventos da economia apontam para uma redução nas taxas de juro em 2024, os investidores se veem diante de novos desafios e oportunidades.
Este artigo explora estratégias inteligentes para investir em meio a esse cenário de queda, considerando as projeções tanto para o Brasil quanto para os Estados Unidos. Confira os melhores investimentos para 2024!
Das ações à renda fixa, desvendamos as opções que podem alavancar os ganhos dos investidores em um ambiente econômico em transformação.
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O ano de 2023 foi marcado pelo início do corte de juros no Brasil. Iniciado em agosto, a taxa Selic termina o ano em 11,75%. Para 2024, as apostas são que o movimento continue e os juros caiam ainda mais. Segundo o último Boletim Focus do ano, a projeção é que os juros cheguem a 9% no final do ano.
Lá fora, apesar do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) ter mantido a taxa na faixa entre 5,25% a 5,5% ao ano, as falas mais recentes do presidente do Fed, Jerome Powell, indicam que o início de corte de juros por lá pode estar próximo. Além disso, dados mais otimistas apontam para um arrefecimento da inflação americana, o que colabora com as apostas do mercado que a queda dos juros pode ser já em março de 2”2024.
No Brasil, avanços políticos-fiscais, como a aprovação do arcabouço fiscal, da reforma tributária e do Orçamento Federal para 2024 também deixaram investidores mais otimistas. Tudo isso contribui para a volta do apetite a risco e o mercado, inclusive, já visualiza a volta das ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês), que não ocorrem no Brasil desde 2021.
De acordo com os especialistas, o momento pode estar mais propício para o investidor voltar o olhar mais para a bolsa de valores, além outros ativos de renda variável, como fundos imobiliários. Entretanto, apesar da queda da Selic, analistas ouvidos pela EXAME afirmam que a renda fixa ainda está atrativa, visto que ainda estamos falando de uma taxa a dois dígitos.
Nesse contexto, especialistas apontam para oportunidades no mercado de ações e outros ativos de renda variável, como fundos imobiliários. Apesar da queda da Selic, analistas ressaltam que a renda fixa ainda mantém sua atratividade, especialmente diante da perspectiva de uma taxa em dois dígitos. O investidor, portanto, encontra um leque de opções para ajustar sua carteira de investimentos e potencializar seus ganhos em meio a esse cenário de queda de juros.
Investir em períodos de queda da taxa de juro demanda uma abordagem estratégica para otimizar ganhos e mitigar riscos. Aqui estão algumas considerações importantes:
Lembre-se de que qualquer estratégia de investimento deve ser alinhada ao seu perfil de risco e objetivos financeiros. Consultar um assessor financeiro pode ser valioso para adaptar sua carteira ao cenário econômico específico.
Em um cenário de juros em queda, a diversificação é chave. Você, como investidor, deve avaliar seu perfil de risco e objetivos antes de tomar decisões financeiras. Saiba mais abaixo.
O Tesouro Direto, mesmo diante do cenário de queda nas taxas de juro em 2024, mantém-se como uma opção sólida para investidores que buscam segurança e liquidez.
Títulos do Tesouro Direto, como o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA, continuam desempenhando um papel crucial na estratégia de preservação de capital e busca por retornos atrativos.
Já o Tesouro IPCA, vinculado à inflação, proporciona uma proteção adicional contra os efeitos do aumento nos índices de preços, garantindo que o investidor preserve seu poder de compra ao longo do tempo.
Os CDBs são títulos emitidos por instituições financeiras. Eles apresentam uma variedade de prazos e modalidades, permitindo aos investidores adaptar suas escolhas de acordo com suas metas financeiras e tolerância ao risco.
As taxas podem ser pré ou pós-fixadas, proporcionando flexibilidade diante das expectativas do mercado e da trajetória das taxas de juro. Essa versatilidade permite que os investidores otimizem suas carteiras de acordo com as condições econômicas vigentes.
Uma característica destacada dos CDBs é a possibilidade de encontrar opções com liquidez diária. Isso confere flexibilidade aos investidores, permitindo o resgate antecipado do investimento quando necessário, sem a penalização de perda de rendimento.
Investir em Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) emerge como uma estratégia eficiente em um contexto de taxas de juro em queda.
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Esses títulos, isentos de imposto de renda para pessoas físicas, destacam-se por serem lastreados em operações específicas, como imobiliárias no caso das LCIs e do agronegócio no caso das LCAs.
A isenção de imposto de renda nos LCIs e LCAs confere uma vantagem significativa a esses investimentos, uma vez que permite aos investidores otimizar seus retornos líquidos.
Com a perspectiva de juros em queda, os Fundos Imobiliários (FIIs) assumem um papel de destaque nas estratégias de investimento.
Esses fundos, que investem em empreendimentos imobiliários como escritórios, shoppings, e outros tipos de propriedades, tornam-se atrativos devido à sua capacidade de proporcionar retornos consistentes e diversificação em um cenário de elevação nas taxas de juros.
A valorização dos imóveis é uma característica fundamental dos FIIs. A busca por ativos reais, como imóveis, torna-se mais pronunciada, uma vez que esses ativos tendem a preservar valor e oferecer ganhos potenciais ao longo do tempo.
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As ações de valor se destacam. Empresas sólidas, com histórico de resultados consistentes e boas perspectivas de crescimento no longo prazo, são escolhas atrativas.
Os investidores podem explorar o stock picking de ações de valor para otimizar seus retornos em um ambiente de juros em queda. Empresas sólidas, com históricos consistentes e perspectivas de crescimento a longo prazo, tornam-se escolhas atrativas nesse cenário.
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Além disso, a opção por Exchange Traded Funds (ETFs) baseados no fator valor é outra estratégia eficaz.
Esses ETFs agrupam ações de empresas que atendem a critérios específicos de valor, oferecendo aos investidores uma exposição diversificada a esse tipo de ativo.
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