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Não basta conectar, é preciso desenvolver competências digitais, diz Vivo

Para evitar o risco de aumentar a desigualdade com a chegada do 5G, empresa defende maior foco em educação a partir de políticas públicas existentes

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Políticas públicas: FUST foi criado para universalizar os serviços de telecomunicações, mas hoje pode ser usado para a inclusão digital, segundo a Vivo (VioletaStoimenova/Getty Images)

Políticas públicas: FUST foi criado para universalizar os serviços de telecomunicações, mas hoje pode ser usado para a inclusão digital, segundo a Vivo (VioletaStoimenova/Getty Images)

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Rodrigo Caetano

Publicado em 10 de maio de 2022 às, 07h00.

Última atualização em 10 de maio de 2022 às, 08h58.

Quem viveu no Brasil antes de 1998, sabe a dificuldade que era conseguir uma linha de telefone. Quem tinha, podia se considerar um privilegiado. “Era como ter um imóvel”, afirma Renato Gasparetto, vice-presidente de relações institucionais e sustentabilidade da operadora de telecomunicações Vivo. A privatização mudou o cenário e, hoje, há mais linhas de telefone celular do que habitantes no país. O setor ganhou tanta relevância, que se tornou uma questão social.

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“Sabemos do nosso papel na digitalização do Brasil”, afirma o vice-presidente. “Inclusão digital é inclusão social.” Gasparetto participou do podcast ESG de A a Z, ao lado da executiva de sustentabilidade Joanes Ribas. “São os indicadores ESG que movem a empresa”, pontuou Ribas.

Ouça o podcast com a Vivo

Como estratégia, a Vivo busca fomentar o foco em educação nas políticas públicas do setor. Por meio da Fundação Telefônica Vivo, a operadora chegou a elaborar uma disciplina eletiva voltada para o aprendizado digital, programa que está sendo implementado, em projeto piloto, nos estados do Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.

Políticas públicas disponibilizam R$ 8,5 bilhões para inclusão digital

Dinheiro não falta. Gasparetto diz que a Vivo fez um levantamento entre todas as políticas públicas para o setor e constatou que há disponíveis 8,5 bilhões de reais para investimentos em educação digital. São recursos como o do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), criado em 2000 para levar o serviço a comunidades remotas – uma espécie de Luz Para Todos das telecomunicações.

“O FUST incluía investimentos em orelhões (telefones públicos), o que não faz mais sentido”, afirma Gasparetto. “O que falta para a liberação desses recursos é regulamentação”. Outra questão está na chamada Lei de Antenas, que regula a instalação dos equipamentos de transmissão. Essa atribuição cabe ao município, o que gera uma complexidade jurídica para expandir a rede. “Isso mudou recentemente, mas, em São Paulo, havia restrição de instalação de antenas próximo a escolas e hospitais”, relata. “Com o 5G, somos obrigados a levar a rede para todas as escolas.

Para Gasparetto, há uma grande oportunidade, com a nova tecnologia, de reduzir o gap entre aqueles que têm acesso a uma internet de alta velocidade, e os que não têm.

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O desafio do lixo eletrônico

A estratégia ESG da Vivo também contempla a questão da economia circular. Joanes Ribas afirma que, com a pandemia, a empresa conseguiu engajar clientes e funcionários nessa questão. “Somente com uma campanha interna, arrecadamos 1,6 toneladas de lixo eletrônico”, diz ela. Nos últimos dois anos, a Vivo bateu recordes de coleta. Em 2021, foram 9,2 toneladas.

Gasparetto resume a preocupação com o ESG em uma frase: você quer liderar, ou ser liderado? “É uma exigência geracional. Os consumidores, hoje, buscam o posicionamento das empresas”, afirma, chamando atenção para a atuação da BlackRock, maior gestora do mundo e acionista da Vivo, uma das vozes mais atuantes no universo ESG.

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