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Apple perde posto de empresa mais valiosa do mundo para a 'velha economia'

Pressão sobre ações de big techs leva Saudi Aramco a ultrapassar gigante de tecnologia em valor de mercado

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 (Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images)

(Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 12 de maio de 2022 às, 09h19.

Última atualização em 12 de maio de 2022 às, 10h51.

A petrolífera árabe Saudi Aramco se tornou a empresa mais valiosa do mundo ao superar o valor de mercado da Apple.

Beneficiada pela valorização do petróleo, a empresa saudita viu suas ações saltarem cerca de 25% neste ano, indo a US$ 2,39 trilhões de valor de mercado. Já a Apple teve seu valor de mercado reduzido em pouco mais de US$ 350 bilhões para US$ 2,37 trilhões.

A desvalorização da gigante de tecnologia acompanha as perdas de todo o setor, que tem sido o mais afetado pelo endurecimento da política monetário do Federal Reserve (Fed) para controlar a inflação.

O índice Nasdaq, da bolsa de tecnologia americana, já caiu 27,36% no ano, sendo 16,71% somente nos últimos 30 dias. Só a bolsa da Rússia, que tem sofrido uma série de sanções pela guerra na Ucrânia, caiu mais nesse mesmo período.

"A Apple teve uma performance até melhor do que a média das empresas de tecnologia [na bolsa], mas não passou ilesa a esse 'show de horrores' do setor", disse William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue Securities. "A elevação de juros acaba gerando impactos exacerbados sobre ações de tecnologia."

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As perdas em valor de mercado das FAANMG (Facebook, Apple, Amazon, Netflix, Microsoft, e Google) já é maior que todo o PIB do Brasil de 2021.

Sem saber até que ponto o Fed terá que subir os juros para conter a inflação, investidores permanecem céticos quanto à capacidade de empresas do setor entregarem o crescimento prometido.

No mercado, já se fala em juros de 6%. O nível seria o maior desde o início da década de 1990, quando ainda havia resquícios dos juros estratosféricos dos anos 1980, responsáveis pela quebra de economias emergentes da época.

O patamar atual de juros, no intervalo entre 0,75% e 1%, ainda está bem distante do de 40 anos atrás -- mas a inflação já é a maior desde os anos 1980.

O preço para conter a inflação, assim como a continuidade da troca de ações de empresas de crescimento por companhias com múltiplos mais baixos e ligadas à "velha economia", vai, mais uma vez, depender do Fed.

 

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