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Consórcios ajudam a exportar

Os consórcios de exportação são uma modalidade recente de negócios no Brasil. Apoiados pelo governo e por entidades como o SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo recebem incentivos e privilégios que vão desde financiamentos com recursos da APEX Agência de Promoção da Exportação- e também contam com […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Os consórcios de exportação são uma modalidade recente de negócios no Brasil. Apoiados pelo governo e por entidades como o SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo recebem incentivos e privilégios que vão desde financiamentos com recursos da APEX Agência de Promoção da Exportação- e também contam com subsídios para o desenvolvimento de atividades como qualificação de produtos, divulgação em feiras internacionais entre outros.

O SEBRAE está apostando nos consórcios também como um novo mercado de trabalho para profissionais que vem se envolvendo nesta atividade mas carecem de uma especialização no ramo. Assim, além de manter uma consultoria inicial gratuita para os interessados, o SEBRAE desenvolveu um curso também sem custos para a formação de dirigentes de consórcios de exportação, além de outros programas de treinamento a baixo custo em várias áreas afins ao tema. Informações e agendamentos de pedidos de consultoria podem ser obtidas no Ligue Sebrae número 0 800 780202.

Os consórcios são uma opção vantajosa para pequenos e médios empresários. A possibilidade de ratear custos é o maior incentivo para a formação de grupos setoriais. No segmento de confecções, o Tropical Spice - formado por comerciantes do bairro do Bom Retiro - vem apresentando resultados positivos desde 2000.

A iniciativa animou outros fabricantes a se associarem e surgem novos empreendimentos como o BR Export, também do Bom Retiro. Com intenção de aumentar a visibilidade dos produtos no mercado exterior, este novo grupo quer se especializar em vendas de pronta-entrega nas feiras internacionais. Shllomo Shoel, um dos integrantes do BR Export, afirma que só recentemente as entidades e o próprio governo vem despertando para o poder dos pequenos produtores. Com grande agilidade, são estes empresários que vem construindo uma nova imagem do Brasil no exterior: Agora somos conhecidos não apenas como fabricantes de roupas mas produtores de moda , afirma Shoel.

Em sua política de incentivo às exportações, o governo vem tentando simplificar alguns procedimentos e diminuir a burocracia. Mesmo assim, empresas e profissionais de comércio exterior e logística estão prosperando com esta nova clientela. Milson Januário, diretor da Custom, empresa dedicada há 11 anos a desembaraçar os complicados trâmites para exportadores é um destes facilitadores. Ele conta que o trabalho vai bem além de preencher guias: A exportação exige cuidados também na qualificação do produto, embalagens adequadas, etiquetas com informações exigidas pela legislação de cada país, procedimentos que se não cumpridos podem gerar atrasos, multas e até devolução , alerta.

Mesmo empresas de grande porte já organizadas comercialmente têm interesse na formação de consórcios de exportação como alternativa para alavancar negócios. Foi o que aconteceu com o Martcenter, o pólo atacadista de confecções da Vila Guilherme , em São Paulo, que reúne lojistas e serviços de moda pronta-entrega. Em 2001, o consórcio internacional do grupo a Martexport realizou uma experiência modesta de exportação cerca de 12 mil dólares entre 30 participantes e está reformulando esta atividade com a intenção de que sirva como chamariz para atrair compradores do exterior para suas 400 lojas que, em 2001 faturaram 40 milhões de reais.

O Martcenter, um complexo inaugurado em 1988, inclui pavilhão de feiras e eventos e em breve deve incluir um hotel para receber os revendedores de moda de todo Brasil e exterior.

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