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'Meta arruinou o termo metaverso', diz CEO de coleção famosa de NFTs

Segundo o CEO da Yuga Labs, empresa por trás dos NFTs da Bored Ape Yacht Club, o antigo Facebook arruinou o termo metaverso, mas setor está voltando a evoluir

 (Reprodução/Reprodução)

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Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 15 de setembro de 2023 às 09h30.

A gigante de tecnologia Meta deu ao metaverso uma má fama ao tentar oferecer a visão maluca sobre o termo de seu CEO, Mark Zuckerberg, para as massas. Felizmente, os mundos virtuais abertos on-line continuaram a evoluir, diz Daniel Alegre, CEO da Yuga Labs.

Em entrevista ao Cointelegraph durante a conferência Token 2049, realizada em Singapura, Alegre disse que o problema do metaverso é que a Meta "arruinou o termo ao afirmar: 'trata-se de algo totalmente novo'" – apesar de outras plataformas de metaverso já existirem.

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"Eu estava na Activision Blizzard, tínhamos o World of Warcraft. World of Warcraft é um metaverso, Fortnite é um metaverso. Então o metaverso está evoluindo, eu acho, de formas muito, muito positivas."

Alegre disse que a baixa adesão de usuários é um problema central do Horizon Worlds da Meta – mas a plataforma seria útil se ao menos "houvesse um motivo para estar lá."

"[Os usuários] entram e dizem 'Ei, Mark, que legal ver você... E agora? Simplesmente fracassou, há um enorme eco na sala."

Ele acrescentou que, ao contrário do Horizon Worlds, o metaverso Otherside da Yuga Labs – em desenvolvimento desde pelo menos março de 2022, sem data oficial de lançamento – surgiu da necessidade da comunidade de detentores de tokens não fungíveis lançados pela empresa de ter um espaço digital para se conectar.

"A conexão digital é algo que nossos usuários nos pediram para incrementar", disse Alegre. "Em sua essência, [o Otherside] é uma maneira de nossa comunidade se conectar digitalmente em um único local."

Até o momento, o Otherside só foi vislumbrado por meio de um punhado de demonstrações de acesso antecipado e de uma "verificação de ambiente" por um grupo de testes em julho. Alegre disse que a Yuga realizou recentemente outra experiência limitada do Otherside para "membros qualificados."

A plataforma concorrente do Otherside, The Sandbox, que já está em funcionamento, também procurou criar uma cultura própria para o ambiente online. O cofundador da empresa, Sebastien Borget, disse que está criando bairros inspirados em localidades de Singapura e da Turquia para a sua plataforma.

NFTs estão divididos em "dois caminhos"

Alegre disse que também está observando uma divergência na forma como os NFTs estão sendo abordados. Por um lado, os NFTs estão sendo valorizados puramente por sua arte e história. Por outro, estão sendo valorizados pela criação de comunidades on-line e e pelos direitos de propriedade intelectual que conferem aos seus detentores.

"Esses são os dois caminhos que estão sendo seguidos" atualmente pelos criadores, opinou.

Ele comparou os casos de uso entre os projetos de NFTs como o CryptoPunks e o Bored Ape Yacht Club (BAYC), ambos de propriedade da Yuga, em que os detentores dos tokens não fungíveis detêm a propriedade intelectual comercial das imagens correspodentes para destacar o valor dos itens de ambas as coleções.

CryptoPunks – uma das primeiras coleções de NFTs da história – está sendo exposta em "museus importantes" e os colecionadores" estão começando a entender o valor de possuir o NFT original, de acordo com Alegre.

Alegre também disse que está vendo uma divergência em como os NFTs são vistos. Por um lado, os NFTs ganhan valor simplesmente por sua arte e história. Por outro lado, eles ganham valor por suas comunidades e direitos intelectuais de propriedade.

Enquanto isso, os detentores de NFTs da BAYC criaram uma comunidade pulsante e Alegre afirma que "mais de 900 detentores de Apes estão criando negócios baseados em seus NFTs."

Ele disse que a Yuga está em uma posição semelhante à do YouTube, pois seu modelo de exploração comercial de conteúdos gerados pelos usuários permite a criação de negócios em torno do compartilhamento de vídeos na plataforma.

"Você tem empresas de mídia baseadas na exploração comercial de conteúdos gerados pelos usuários, agências de criação e publicidade. Estamos começando a ver a mesma evolução na comunidade Bored Ape."

"Isso mostra que os NFTs e os direitos de exploração NFTs, se concedidos à comunidade, gerarão produtos e experiências que ninguém seria capaz de imaginar", disse Alegre. "Tanto no espaço offline quanto no espaço on-line", completou.

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