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FTX contrata equipe forense para encontrar bilhões desaparecidos de clientes

Clientes da corretora de criptomoedas falida somam bilhões em prejuízo; advogados alegam que ativos foram roubados ou estão desaparecidos

FTX foi à falência em menos de uma semana (Divulgação/Divulgação)

FTX foi à falência em menos de uma semana (Divulgação/Divulgação)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 8 de dezembro de 2022 às 10h06.

A nova administração da falida exchange de criptomoedas FTX teria contratado uma equipe de investigadores forenses para rastrear os bilhões de dólares em criptomedas desaparecidos que pertencem aos clientes da empresa.

A empresa de consultoria financeira AlixPartners foi escolhida para desempenhar a tarefa e é liderada pelo ex-contador-chefe da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), Matt Jacques, de acordo com uma reportagem publicada em 7 de dezembro pelo Wall Street Journal.

Entende-se que a empresa forense será encarregada de conduzir o “rastreamento” para identificar e recuperar os ativos digitais perdidos em complemento ao trabalho de reestruturação que está sendo realizado pela FTX.

Em 11 de novembro, hackers drenaram mais de US$ 450 milhões em ativos de carteiras pertencentes à FTX e à FTX.US.

(Mynt/Divulgação)

O ex-CEO da exchange, Sam Bankman-Fried afirmou em uma entrevista gravada em 16 de novembro concedida à blogueira cripto Tiffany Fong que estava perto de descobrir quem era o hacker e que havia "reduzido [os suspeitos] a oito pessoas", acreditando que deve ter sido "um ex- funcionário ou alguém que instalou um malware no computador de um ex-funcionário.”

Em 22 de novembro, um advogado que representa os devedores da FTX afirmou que "uma quantidade substancial de ativos foi roubada ou está faltando" da FTX e revelou na época que empresas de análise de blockchain, como a Chainalysis, foram recrutadas para ajudar a rastreá-los.

Em 11 de novembro, a FTX e a FTX.US detinham mais de US$ 450 milhões em ativos.

Desde então, os fundos roubados da FTX estão em movimento por meio de vários mixers exchanges de criptomoedas em um processo de lavagem de dinheiro.

Em 20 de novembro, o hacker transferiu suas participações em Ether (ETH) para um novo endereço de carteira e trocou parte do ETH por uma versão ERC-20 do Bitcoin e depois transferiu os fundos à rede BTC.

Então, ele usou uma técnica de lavagem de dinheiro chamada peel chaining, que consiste na subdivisão das participações em quantidades cada vez menores distribuídas em várias carteiras. Depois, enviou o BTC por meio de um mixer de criptomoedas para a exchange OKX em 29 de novembro.

O hacker também usou o peel chaining para dividir 180.000 ETH em 12 novas carteiras em 21 de novembro.

O ex-CEO Sam Bankman-Fried também afirmou anteriormente ter “misturado inconscientemente” fundos de clientes da FTX e de sua empresa de trading irmã Alameda Research com fundos de clientes da FTX emprestados à Alameda.

O novo CEO e diretor de reestruturação da FTX, John Ray III, declarou em seu pedido inicial de falência que “nunca” em sua carreira de 40 anos ele “viu uma falha tão completa dos controles corporativos” como no caso da FTX-Alameda.

Ele alegou que Bankman-Fried e seus colegas mais próximos estão “potencialmente comprometidos” com a malversação dos fundos e usaram “software para ocultar o uso indevido de fundos de clientes”.

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