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Fed diz que moedas digitais de outros países podem causar "erosão" do dólar

Autoridades do banco central dos Estados Unidos falaram sobre possíveis efeitos da expansão de CBDCs e stablecoins

CBDCs estão se tornando prioridade de países ao redor do mundo (Stock/Getty Images)

CBDCs estão se tornando prioridade de países ao redor do mundo (Stock/Getty Images)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 28 de fevereiro de 2024 às 11h55.

O conselho diretor do Sistema do Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve, divulgou recentemente uma pesquisa destacando os prós e os contras de desenvolver e emitir uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) no país para acompanhar as iniciativas de potências estrangeiras, que não foram identificadas.

Em 2021, o presidente do Fed, Jerome Powell, declarou que o desenvolvimento de uma CBDC nos Estados Unidos era um assunto de "alta prioridade" para o governo. Desde então, porém, o projeto avançou pouco no país, continuando na fase inicial de estudos.

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As CBDCs são moedas digitais que são controladas pelo governo que as emite, usando a tecnologia blockchain, a mesma por trás das criptomoedas. Os defensores desta nova forma monetária digital argumentam que a emissão de uma CBDC nos Estados Unidos reforçará a posição do dólar como a moeda dominante no cenário internacional.

Os contrários à política, por outro lado, insistem que uma CBDC abrirá as portas para a centralização, a invasão de privacidade e aumentará a capacidade das autoridades dos EUA de congelar ativos a qualquer momento.

No documento recente divulgado pelo Fed, dois analistas econômicos seniores examinaram as possíveis implicações de uma CBDC dos EUA para o dólar e sua função no sistema de pagamentos internacionais.

"Mais de 90% dos bancos centrais estão explorando as CBDCS", escreveram os pesquisadores, acrescentando que o Fed também está investigando "as implicações e as opções para a introdução de uma CBDC nos Estados Unidos."

Os pesquisadores buscaram descobrir se o dólar atual poderá competir com CBDCs estrangeiras se os Estados Unidos não emitirem a sua própria moeda digital.

De acordo com o documento, há pouco temor de que a posição do dólar como "unidade de conta" ou "reserva de valor" seja afetada pelo advento de uma "CBDC estrangeira grande e estável" fora da jurisdição dos EUA. No entanto, os pesquisadores continuam afirmando que o dólar pode perder terreno como a referência global para transações internacionais:

"Dependendo das características de design de outras CBDCs (ou stablecoins denominadas em moeda estrangeira), há algum potencial para a erosão do papel do dólar como meio de troca se uma CBDC dos Estados Unidos não for emitida ou tiver características de design pouco atraentes", argumentam.

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