Future of Money

Disney vai encerrar área de metaverso em meio a corte de gastos

Decisão envolve plano de cortar despesas operacionais do gigante do entretenimento em US$ 5,5 bilhões, com 7 mil demissões

Disney havia realizado aposta em metaverso nos últimos anos (Getty Images/Reprodução)

Disney havia realizado aposta em metaverso nos últimos anos (Getty Images/Reprodução)

Cointelegraph
Cointelegraph

Agência de notícias

Publicado em 28 de março de 2023 às 14h10.

Última atualização em 28 de março de 2023 às 14h31.

O gigante do entretenimento Disney está encerrando as operações de sua divisão dedicada ao desenvolvimento do metaverso como parte de um plano de reestruturação mais amplo que pretende cortar as despesas operacionais da empresa em US$ 5,5 bilhões e que inclui a demissão de 7 mil funcionários em dois meses.

A notícia foi relatada pelo The Wall Street Journal nesta terça-feira, 28, a partir de informações obtidas com “pessoas familiarizadas com o assunto”. Todos os cerca de 50 membros da divisão do metaverso terão seus contratos de trabalho encerrados, exceto Michael White, que liderou a unidade de produtos ao consumidor mais ampla.

A divisão do metaverso da empresa foi criada em fevereiro de 2022 para desenvolver novas formas de engajamento do público com a Disney, a partir da exploração da marca e de seus personagens. A empresa também patenteou em 28 de dezembro de 2021 um “simulador de mundo virtual”, que buscaria facilitar a interação com experiências de realidade aumentada (AR) nos parques temáticos da Disney sem a necessidade de uso de headsets.

A Disney chegou ainda a avaliar a integração da tecnologia às plataformas de apostas esportivas que controla, mas a ideia nunca avançou. A decisão de cortar despesas operacionais e o número de funcionários foi tomada após a realização de uma consultoria liderada pela McKinsey. O principal objetivo era encontrar oportunidades de corte de custos, de acordo com a reportagem.

As condições econômicas desfavoráveis e o aumento da concorrência no setor de streaming foram dois dos principais fatores que teriam contribuído para a decisão. Tanto os antigos quanto os atuais executivos-chefes da Disney, Bob Chapek e Robert Iger, haviam demonstrado anteriormente um otimismo quanto às oportunidades de investimento no metaverso.

Chapek descreveu o metaverso como “a próxima grande fronteira narrativa” da indústria do entretenimento, enquanto Iger trabalhou anteriormente como diretor e consultor na Genies, uma plataforma de avatares digitais baseada na blockchain Flow da Dapper Labs. O Cointelegraph procurou a Disney para comentar a notícia, mas não recebeu uma resposta até o momento.

Investimento no metaverso

Recentemente, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, disse que a empresa não tem planos de mudar sua estratégia de longo prazo para o metaverso, apesar das perdas operacionais do Reality Labs sua unidade de desenvolvimento voltada para a área terem atingido valores recordes em 2022.

Em 1º de fevereiro, a Meta divulgou resultados mostrando que o Reality Labs acumulou um prejuízo de US$ 13,7 bilhões em 2022. Foram as maiores perdas anuais registradas pela divisão da dona de redes sociais como o Facebook, WhatsApp e Instagram até hoje. Para Zuckerberg "nenhum dos sinais que vi até agora sugere que devemos mudar a estratégia de longo prazo do Reality Labs".

Chegou a hora de diversificar seus investimentos! Abra sua conta na Mynt e comece a investir em criptoativos hoje mesmo. 

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:MetaversoDisney

Mais de Future of Money

Por que as marcas não podem ignorar o blockchain: a transformação da interação com o consumidor

A solução para as barreiras de liquidez global nos investimentos

Investidores institucionais não acreditam em alta do bitcoin no curto prazo, aponta relatório

Dolce & Gabbana é processada nos EUA após problemas em coleção de NFTs

Mais na Exame