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3 anos de Open Finance no Brasil: os benefícios, desafios e perspectivas futuras

Superar os desafios e aproveitar as oportunidades oferecidas por essa iniciativa é fundamental para impulsionar o setor financeiro brasileiro rumo a um futuro mais inclusivo e inovador

 (Waitforlight/Getty Images)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 10 de março de 2024 às 11h00.

Por Bruno Salles*

O Open Finance, uma iniciativa que busca proporcionar maior transparência e acesso às informações financeiras, apresenta um vasto leque de benefícios para os consumidores brasileiros. Números da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apontam que as instituições por ela representadas investiram mais de R$ 2 bilhões no projeto, com 42 milhões de consentimentos registrados até janeiro de 2024 ante os 21 milhões do mesmo período de 2023, um crescimento de 100%.

Tratando-se de comunicações bem-sucedidas, a Febraban registra, por semana, cerca de 1 bilhão, fazendo do Open Finance brasileiro o maior do mundo, tanto em escopo de dados, como em volume de chamadas. Apesar dos números expressivos, para que essa transformação se concretize plenamente, é necessário enfrentar alguns desafios e explorar as perspectivas futuras desse cenário promissor.

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O sistema não apenas promove a transparência e o acesso às informações financeiras, mas também oferece uma série de benefícios tangíveis para os consumidores. Um deles é a ampliação das ofertas de crédito e a possibilidade de acesso a melhores taxas.

Com a disponibilidade de informações provenientes de diversas instituições financeiras, as empresas podem oferecer condições mais favoráveis aos clientes, seja na autorização de crédito ou na concessão de taxas de juros mais atrativas.

Além disso, oferece maior facilidade e agilidade nas transações financeiras. Soluções como o Pix e a iniciação de pagamentos simplificam o processo de transferências e pagamentos, proporcionando uma experiência mais fluida e conveniente para os usuários.

A personalização de serviços financeiros também é um benefício significativo, pois permite que as empresas ofereçam soluções sob medida para as necessidades individuais de cada cliente, aumentando sua satisfação e fidelidade.

Mesmo diante de tantas vantagens, a implementação do sistema no Brasil enfrenta alguns gargalos, um dos principais relacionado à demonstração de valor dos produtos e serviços oferecidos. É fundamental que as empresas comuniquem de forma clara e transparente os benefícios para os consumidores, a fim de aumentar o engajamento e o retorno de valor.

Questões relacionadas à segurança e privacidade dos dados dos consumidores também representam um desafio importante. Os reguladores desempenham um papel fundamental na definição de diretrizes e normas que garantam a proteção dos dados e a interoperabilidade entre as instituições financeiras, promovendo a confiança dos usuários no sistema.

Contudo, as perspectivas futuras para o Open Finance no Brasil são promissoras. A competição entre os bancos para oferecer compartilhamento de dados e pagamentos automáticos entre contas do mesmo titular deve impulsionar ainda mais o desenvolvimento dessa iniciativa.

Importante citar, também, a crescente confiança dos usuários em relação à sua segurança. As futuras funcionalidades do Pix, como o Pix Automático e o Pix Agendado, devem contribuir para uma maior adesão e utilização do serviço no País.

É possível concluir que o Open Finance oferece uma série de benefícios significativos para os consumidores brasileiros, incluindo maior transparência, acesso a novos produtos e serviços, facilidade nas transações financeiras e personalização de serviços.

Superar os desafios e aproveitar as oportunidades oferecidas por essa iniciativa é fundamental para impulsionar o setor financeiro brasileiro rumo a um futuro mais inclusivo e inovador.

*Bruno Salles é Head de produto da Sinqia, empresa fornecedora de tecnologia para instituições financeiras.

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