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Investimentos de empresas

Tenchi: startup de segurança em nuvem capta R$ 18 milhões

A rodada seed da empresa, fundada no final de 2019, foi liderada pela Maya Capital e teve participação do GFC, Kinea e ONEVC

Alexandre Sieira e Felipe Bouças, da Tenchi: empreendedores trabalham juntos há 20 anos e fundaram juntos duas empresas na área de segurança digital, a Cipher e a Niddel
 (Tenchi/Divulgação)
Alexandre Sieira e Felipe Bouças, da Tenchi: empreendedores trabalham juntos há 20 anos e fundaram juntos duas empresas na área de segurança digital, a Cipher e a Niddel (Tenchi/Divulgação)
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Carolina Ingizza

19 de outubro de 2021 às 09:00

Uma parceria de 20 anos mais bem-sucedida que alguns casamentos. É assim que a dupla de empreendedores Alexandre Sieira e Felipe Bouças descreve seu relacionamento ao longo das décadas. Juntos, fundaram três startups de segurança: a Cipher (1999), comprada pela espanhola Prosegur; a Niddel (2013), adquirida pela americana Verizon; e a agora a Tenchi Security (2019), que atraiu investidores com seu modelo de gestão de risco de terceiros.

A empresa, que se destaca por sua proposta de segurança em nuvem, acaba de receber um cheque de R$ 18 milhões (US$ 3,5 milhões) em rodada seed liderada pela Maya Capital e com participação dos fundos GFC, Kinea e ONEVCEm entrevista ao EXAME IN, os empreendedores contaram como conquistaram clientes como Cielo, XP, BTG Pactual, B3 e Telefônica e falaram sobre os planos da companhia após a injeção de capital.

Para Lara Lemann, cofundadora da Maya Capital, a experiência dos fundadores da Tenchi Security na área de segurança digital e em mercados internacionais foram pontos importantes para a decisão de investimento. "A tese da companhia traz uma combinação muito forte de segurança da informação e computação em nuvem, mercados com altas taxas de crescimento e muitas oportunidades para inovação. Se encaixa muito bem em nosso portfólio de investimentos", diz a investidora.

Lançada ao mercado no começo de 2020, a startup se destacou entre os competidores de gestão de risco por conseguir monitorar completamente a nuvem de empresas terceirizadas que acessam dados sensíveis das corporações. Segundo os sócios, em questão de minutos a tecnologia proprietária consegue diagnosticar o estado de segurança de todo os sistema de fornecedores e parceiros de negócios das empresas clientes.

"Nossa grande função é construir pontes entre as empresas. As grandes companhias só conseguiam ter visibilidade limitada da segurança dos seus fornecedores. Na nossa abordagem, as companhias nos dão permissão para fazer o monitoramento, o que cria uma relação de transparência saudável entre os dois lados", diz Alexandre Sieira, cofundador e diretor de tecnologia da Tenchi.

Pelo serviço, a startup cobra uma anuidade das grandes empresas para monitorar a rede de companhias do seu ecossistema ou cobra diretamente das empresas menores. Os valores variam de acordo com o tamanho do ambiente que deve ser monitorado, mas os sócios garantem que conseguem atender desde pequenos negócios até gigantes.

A solução, que já era importante conforme as empresas migravam seus sistemas para a nuvem, se tornou ainda mais urgente com a aceleração causada pela pandemia e com a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil, em agosto deste ano. "As empresas já estavam preocupadas com gestão de risco, mas o marco regulatório mudou o status da situação de 'desejável' para 'obrigatório'. A regra do jogo é outra", diz Bouças, presidente da companhia.

A tendência não é exclusiva do Brasil. Globalmente, segundo dados da consultoria Gartner, os investimentos em serviços de nuvem vão crescer 23,1% em 2021, atingindo US$ 332,3 bilhões contra US$ 270 bilhões no ano passado.

Com o aporte, a Tenchi muda de patamar. O negócio, que cresceu três vezes em 2021 em relação a 2020, projeta seguir no mesmo ritmo no ano que vem. Para isso, vai investir em produto e marketing para conquistar mais clientes no Brasil. A equipe de 10 colaboradores deve chegar a 50 ou 60 pessoas nos próximos doze meses.

"Nossa experiência no mercado internacional nos mostrou que é preciso ter foco, especialmente quando se trata de vendas para grandes empresas. Nos próximos 18 a 24 meses, estamos focados em Brasil, mas depois começaremos a pensar em estruturar uma operação de vendas e marketing para internacionalizar o negócio", diz Sieira.

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