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Frubana capta R$ 351 mi para ser a “loja de tudo” dos restaurantes

A startup colombiana começou suas operações na cidade de São Paulo no final 2020 e já soma mais de 10.000 clientes

Antonio Capezzuto, Mayara Romão e Breno Lopes, diretores da operação brasileira da Frubana: 
a empresa tem SoftBank, Monashees e Tiger Global Management entre seus investidores
Antonio Capezzuto, Mayara Romão e Breno Lopes, diretores da operação brasileira da Frubana: a empresa tem SoftBank, Monashees e Tiger Global Management entre seus investidores
CI

2 de junho de 2021 às 05:00

Foi para levar a comida do campo para a mesa dos restaurantes que o colombiano Fabián Gómez, ex-diretor de expansão do Rappi e filho de agricultores, fundou a startup Frubana em 2018. Três anos depois do início do negócio, suas metas para a empresa são mais ambiciosas: ser uma loja completa de atacado para todos os restaurantes da América Latina. Com operações já funcionando em grandes cidades da Colômbia, do Brasil e do México e um novo aporte milionário em caixa, os planos do fundador parecem menos impossíveis do que à primeira vista. 

A Frubana acaba de receber um aporte de US$ 65 milhões (cerca de R$ 351 milhões) em sua rodada série B, liderada pelo investidor Hans Tung, sócio-gestor da GGV Capital e terceiro colocado na lista de melhores investidores de tecnologia do mundo da revista Forbes. SoftBank, Monashees e Tiger Global Management, que já eram investidores da startup, e o fundo Lightspeed Venture Partners, também participaram da rodada. 

Os recursos serão utilizados pela empresa para melhorar sua tecnologia de gestão de logística, assim como dobrar os investimentos na expansão das operações brasileira e mexicana. “Nós construímos a empresa desde o primeiro pensando na América Latina como uma região integrada, em que o PIB é 2x o tamanho da Índia e 0,5 o tamanho da China. Nós não vamos para todas as cidades de um país, mas para os principais mercados da América Latina: São Paulo, Cidade do México e Bogotá", diz Goméz, em nota.

O investimento chega depois de um ciclo desafiador para a companhia. No começo do ano passado, pouco antes da pandemia de covid-19 começar, a empresa havia conquistado um cheque de US$ 25 milhões para investir na sua expansão. Com a crise sanitária, os planos precisaram ser revistos, afinal restaurantes e bares de todo continente foram fechados para evitar a transmissão da doença. 

Em vez de reduzir o tamanho, a Frubana investiu em tecnologia e apostou que conseguiria conquistar mais clientes se mostrasse a eles o potencial de economia ao comprar na sua plataforma — afinal, a empresa tem um canal direto com os produtores. Para aumentar o valor da sua oferta, a startup também decidiu deixar de focar só em verduras, legumes e frutas e se tornar uma atacadista completa, resolvendo as compras dos seus clientes em um só lugar. Com isso, do começo de 2020 até agora, a empresa cresceu seis vezes o número de clientes e triplicou as vendas.

No Brasil, a operação da startup começou a funcionar a pleno vapor só em outubro do ano passado, mas já conquistou mais de 10.000 restaurantes clientes. Segundo Breno Lopes, country manager da Frubana no Brasil, em breve a operação local deve ser a maior da companhia. “É um negócio complexo, temos que entender como é a cadeia de cada cidade antes de entrar em um mercado novo. Mas o potencial é gigantesco, estamos falando de mais de 2 milhões de restaurantes na América Latina, quase 1 milhão no Brasil”, diz o executivo.

O foco da startup atualmente é atender bem e rápido os pequenos e médios restaurantes da capital paulista. Hoje, seu portfólio consegue entregar de 40% a 60% das necessidades dos clientes, desde frutas e verduras, até carnes, arroz, feijão, óleo e laticínios. Aos poucos, a empresa busca fornecedores para aumentar seu catálogo.

A empresa opera hoje com dois armazéns alugados nos arredores de São Paulo. Lá, ela recebe todos os itens pedidos pelos restaurantes, faz o controle de qualidade e garante a sanitização dos alimentos. As entregas são despachadas no menor tempo possível por meio de operadores logísticos parceiros. Em média, os pedidos são entregues em menos de 24 horas até o cliente.

Lopes não revela o quanto a operação brasileira movimenta com os pedidos, mas diz que são carregados cerca de 90 a 100 caminhões diariamente. A expectativa da startup, que hoje emprega quase 300 pessoas no Brasil e 1.000 no total, é pelo menos triplicar o tamanho da operação por aqui até o final do ano. A depender do sucesso de São Paulo, a empresa avalia entrar em outras cidades, mas afirma que não tem planos definidos ainda.

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