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Dynamo reabre captação e pode levantar até R$ 1,1 bilhão para Cougar

Gestora inova e cria prioridade para atuais cotistas, com abertura de reservas dia 31

Bolsa: gestora carioca reabre fundo, sinal de oportunidades baratas para quem tem tempo para aguardar (Germano Lüders/Exame)
Bolsa: gestora carioca reabre fundo, sinal de oportunidades baratas para quem tem tempo para aguardar (Germano Lüders/Exame)
GV

Graziella Valenti

26 de janeiro de 2022 às 09:14

Um daqueles momentos mais aguardados do mercado acaba de acontecer. A Dynamo decidiu reabrir para captação. O fundo Cougar ficou nove anos fechado, reabriu em março de 2020, no auge das incertezas com a covid, e agora, novamente. O motivo? O mesmo: a percepção de que existem boas oportunidades a preços atraentes na bolsa brasileira para investidores de longo prazo, embora as circunstâncias sejam diferentes. Lá, havia chance de uma rápida recuperação, enquanto agora talvez o futuro demande um pouco mais de paciência.

O fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) afirma que o limite máximo de captação será de R$ 1,1 bilhão. Dessa vez, há uma inovação na indústria: os cotistas atuais terão um tipo de prioridade. Caso os fundos espelhos, que surgiram depois, acompanhem na mesma proporção as captações, a gestora poderá levantar um total próximo de R$ 2 bilhões.

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O Dynamo Cougar é um dos mais tradicionais e antigos fundos do mercado, com data de origem em 1993. A gestora tem atualmente R$ 17 bilhões sob gestão. O motivo da fama do fundo é fácil de compreender a partir desses números: a rentabilidade acumulada desde seu primeiro dia é de 3.669.999,13%, enquanto a do Índice Bovespa foi de 105.091,61%. A média anualizada é de 44,76% contra 27,75%. A carteira principal é o Cougar, mas há também um fundo global que foi aberto para o varejo qualificado também durante a pandemia.

Com a novidade da prioridade, os atuais cotistas poderão manifestar suas intenções de investimento a partir do dia 31 de janeiro e para novos interessados, a abertura do prazo ocorre em 2 de fevereiro. Na primeira data, os atuais investidores do fundo poderão fazer reserva até um limite de R$ 7 milhões. Quando ocorrer à abertura ao público, o teto sobe para R$ 30 milhões para todos, levando o total para cotistas até R$ 37 milhões.

Em 2020, a decisão da Dynamo foi um dos sinais de alertas de que as oportunidades para investidores de longo prazo estavam na mesa. Foi um dos períodos em que os investidores brasileiros mais aplicaram em ações na história, em comparação com estrangeiros — que tiravam aos bilhões os recursos do país. Dessa vez, a diferença de cenário é que o investidor local está receoso com um ambiente que combina juros em alta, no Brasil e no mundo, inflação e incertezas eleitorais. O fluxo tem se concentrado na renda fixa.

Provavelmente, o momento é um prato cheio para quem tem tempo de esperar. Na segunda-feira, antes do feriado pelo aniversário da Cidade de São Paulo, o Índice Bovespa terminou o dia em 110 mil pontos. A aplicação mínima do fundo é de R$ 300 mil e a movimentação mínima, R$ 30 mil.

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