Esporte

Draft da NBA: provável escolha número um, Wembanyama deve superar recorde de Lebron; entenda

Escolhas de calouros por franquias ocorre nesta quinta, e atleta deve assinar com os Spurs

Los Angeles, CA, Monday, May 8, 2023 - Los Angeles Lakers forward LeBron James (6) blocks the shot of Golden State Warriors guard Stephen Curry (30) in game four of the NBA Western Conference Finals at Crypto.com Arena. (Robert Gauthier/Los Angeles Times via Getty Images) (Robert Gauthier/Los Angeles Times/Getty Images)

Los Angeles, CA, Monday, May 8, 2023 - Los Angeles Lakers forward LeBron James (6) blocks the shot of Golden State Warriors guard Stephen Curry (30) in game four of the NBA Western Conference Finals at Crypto.com Arena. (Robert Gauthier/Los Angeles Times via Getty Images) (Robert Gauthier/Los Angeles Times/Getty Images)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 21 de junho de 2023 às 12h25.

Victor Wembanyama tem apenas 19 anos e não jogou um minuto sequer com uma camisa da NBA, mas o jovem francês está prestes a fechar uma série de acordos lucrativos, que provavelmente o tornarão um dos atletas de maior sucesso comercial da história. Wembanyama estará no centro do palco no Draft da NBA no Brooklyn, nesta quinta-feira, quando o talentoso jogador de 2,24 metros, visto como um talento único do basquete, deverá ser confirmado como a primeira escolha do draft e se juntar ao San Antonio Spurs.

Com o acordo, Wembanyama deve conseguir um contrato de US$ 100 milhões (R$ 479 milhões) com a gigante norte-americana de artigos esportivos Nike, superando os US$ 90 milhões (R$ 431 milhões) oferecidos a LeBron James quando ele entrou na liga, em 2003. Se o valor de US$ 100 milhões se concretizar, seria o maior contrato já assinado para um jogador que ainda não jogou na NBA.

Sonny Vaccaro, lendário executivo de marketing de 83 anos que participou do dos acordos de Michael Jordan com a Nike e de Kobe Bryant com a Adidas, acredita que o talento único de Wembanyama pode gerar riquezas "históricas".

"Isto é único. Mas um único merecido", disse Vaccaro à AFP. "Na minha vida avaliando e fazendo preços financeiros para atletas, nunca vi nada parecido. Esse garoto vai fazer história".

A Nike, que já tem um acordo com Wembanyama, planeja a estratégia para tornar o francês uma superestrela global. “Acha que [Victor Wembanyama] vai mudar o basquete? Pense maior”, escreveu a Nike em um post em suas redes sociais depois que o draft deste ano foi revelado no mês passado.

O gigantesco acordo de Wembanyama com a Nike provavelmente será o primeiro de muitos, de acordo com Steve Rosner, da 16W Marketing, que prevê acordos multimilionários em áreas como cartões comerciais e outros produtos derivados.

"Victor será um daqueles caras que poderá ter um bom portfólio de endosso antes de jogar um segundo na NBA", disse Rosner. "Por causa de toda a promoção e do hype que antecedeu isso, ele também será único, na medida em que poderá fechar esses acordos antes de pisar em uma quadra da NBA."

Em décadas passadas, tal bonança comercial para um jogador estrangeiro da NBA seria impensável. Estrelas estrangeiras como Hakeem Olajuwon, Dirk Nowitzki e Pau Gasol despertaram pouco interesse entre os patrocinadores.

"Madison Avenue prefere um cara americano", disse o consultor Marty Blackman em 1995, ao comentar sobre como Olajuwon não conseguiu ganhar o tipo de contrato desfrutado por jogadores americanos, apesar de levar o Houston Rockets ao segundo campeonato consecutivo da NBA.

Victor Matheson, professor da Holy Cross University, diz que isso começou a mudar em 2002, quando o chinês Yao Ming entrou na liga.

" Yao Ming foi importante, não apenas porque ele era um grande nome nos Estados Unidos, mas também abriu o mercado chinês para a NBA", disse Matheson.

Hoje, a base de fãs da NBA no exterior é maior do que toda a população dos Estados Unidos. Segundo a revista Forbes, Giannis Antetokounmpo, duas vezes MVP da NBA e campeão da liga em 2021, ganha mais em negócios fora das quadras – US$ 45 milhões – do que o salário pago a ele pelo Milwaukee Bucks, de US$ 42 milhões.

"Victor pode abrir novos mercados", disse Matheson. Rosner disse que o perfil internacional de Wembanyama provavelmente também o tornará um vendedor atraente para multinacionais como Coca-Cola, McDonald's ou Visa, que assinaram acordos com Yao.

Vinte anos atrás, jogar por um time da NBA de pequeno mercado, como o San Antonio, poderia ter diminuído o apelo comercial de Wembanyama. No entanto, Vaccaro acredita que o alcance global da NBA e a ascensão do streaming e das redes sociais mudaram a dinâmica. "É um jogo mundial agora, então não importa realmente", disse Vaccaro.

Pode levar algum tempo para Wembanyama maximizar totalmente seu potencial de ganho, no entanto. O prodígio francês e seus empresários não têm pressa em lucrar imediatamente. O agente de Wembanyama, Bouna Ndiaye, que representou várias estrelas francesas da NBA, como Rudy Gobert, Nicolas Batum e Evan Fournier, diz que a prioridade é o basquete.

"O que estamos tentando fazer, antes de tudo, é tornar Victor raro", disse Ndiaye à ESPN. — Não o queremos em todos os lugares. Não queremos ter 20 sócios. Victor está rejeitando alguns negócios milionários agora porque quer se concentrar no basquete.

Os parceiros comerciais, por sua vez, também podem relutar em "dar a empresa inteira para um jogador que na verdade não jogou um único minuto na NBA", disse Matheson. "Eu suspeito que eles vão estar procurando um pouco mais", disse.

Rosner, no entanto, acredita que se Wembanyama entregar em quadra, os acordos comerciais serão uma formalidade.

"Uma vez que ele faz tudo na quadra, tudo fora da quadra seguirá", disse Rosner. Matheson endossou essa posição, afirmando que, em última análise, a fortuna de Wembanyama será maximizada por meio de suas conquistas nas quadras.

"A razão pela qual Jordan se tornou um bilionário não é porque ele assinou um bom contrato, mas porque seu jogo ao longo de quase duas décadas significou que ele poderia assinar novamente esse contrato e assinar novamente esse contrato e assinar novamente esse contrato" enfatizou Matheson.  "Para ganhar dinheiro como LeBron James ou Michael Jordan não se trata de assinar o primeiro contrato. Trata-se de mostrar o que você pode realmente fazer na quadra".

Acompanhe tudo sobre:NBABasquete

Mais de Esporte

Estádio do Corinthians completa uma década de vida neste sábado; veja números, fatos e curiosidades

GP da Emilia-Romagna de F1 2024: horários e onde assistir aos treinos e classificação

UFC Las Vegas 92: onde assistir ao vivo as lutas com Edson Barboza e mais sete brasileiros

Jogos de hoje, sábado, 18; onde assistir ao vivo e horários

Mais na Exame