ESG

A estratégia é se tornar uma geradora 100% renovável, diz CEO da Engie Brasil Energia

Engie Brasil Energia é vencedora na categoria Energia no Melhores do ESG 2023

Eduardo Sattamini, CEO da Engie Brasil Energia (Leandro Fonseca/Exame)

Eduardo Sattamini, CEO da Engie Brasil Energia (Leandro Fonseca/Exame)

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 11 de junho de 2023 às 18h23.

Última atualização em 13 de junho de 2023 às 11h23.

Deixar as fontes poluentes para usar exclusivamente a energia limpa tem sido uma jornada longa para a Engie Brasil Energia. Globalmente, o grupo começou esse movimento há oito anos. Por aqui, o passo mais recente foi dado com a venda da usina termelétrica Pampa Sul — a última do portfólio da companhia que utilizava carvão —, anunciada em setembro do ano passado e concluída em junho.

“A venda da Pampa Sul marca a consolidação da estratégia da Engie Brasil Energia de se tornar uma geradora 100% renovável”, comemora Eduardo Sattamini, presidente da empresa.

Apesar de atuar em um setor que dá sinais de exposição aos efeitos das mudanças climáticas — com períodos longos de estiagem e outros com excesso de chuvas —, Sattamini acredita que o Brasil traz uma grande vantagem competitiva por causa de seu sistema hídrico. “Ele é muito robusto, o que permite à transição energética ser mais estável do que em outros países”, justifica o executivo.

Visão voltada para a governança

Além da atenção com a estratégia ambiental, conta Sattamini, a Engie tem se mantido atenta à governança nos negócios. A empresa conta com um comitê de relações que é chamado sempre que é necessário avaliar possíveis conflitos.

A governança interna, garante o executivo, também é sólida graças a barreiras de controle e ao trabalho de comitês que avaliam a companhia de forma transversal. Aspectos éticos, de gestão de pessoas, são remetidos ao conselho para avaliação. “Não descuidamos de nada. Temos equipes atentas às melhores práticas e que as trazem para dentro da companhia”, explica o presidente.

Transição energética e clima

Esse conjunto de iniciativas — transição energética para fontes limpas e preocupação com a governança — tem motivado os funcionários. Tanto que a pesquisa anual de clima, divulgada recentemente, apontou um índice de engajamento na empresa de 93%.

Sattamini acredita que o resultado da pesquisa de clima tenha a ver com o processo de renovação do quadro de funcionários, que vem acontecendo desde 1998, ano da privatização da empresa. Tratar de temas como energia renovável, emissões de poluentes, ética e transparência nos negócios, segundo o executivo, torna a empresa atraente para as gerações mais novas e, ao mesmo tempo, traz o desafio da retenção de talentos.

Participação de mulheres

Apesar dos atrativos, ainda há desafios. Por exemplo, aumentar o número de mulheres no quadro de funcionários. Na parte administrativa já há um equilíbrio entre homens e mulheres.

Em áreas mais técnicas, no entanto, ainda é difícil contar com mulheres. A empresa tem oferecido programas afirmativos, como o que formou operadoras de usinas. Outra iniciativa mirou a contratação de engenheiras. A empresa ainda estuda como aumentar a diversidade racial. “Esse é um tema que ainda estamos amadurecendo, mas que também queremos enfrentar”, completa Sattamini.

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