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Vinte capitais perdem participação no PIB nacional, diz IBGE

Capitais estaduais foram responsáveis por 33,1% do PIB em 2015, ante 36,1% em 2002

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PIB do Brasil: principal destaque entre as reduções ficou com Recife, com redução de 8,8 pontos percentuais na participação (Ildo Frazao/Thinkstock)

PIB do Brasil: principal destaque entre as reduções ficou com Recife, com redução de 8,8 pontos percentuais na participação (Ildo Frazao/Thinkstock)

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Agência Brasil

Publicado em 14 de dezembro de 2017 às, 11h50.

A pesquisa Produto Interno Bruto - PIB dos Municípios 2010-2015, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga hoje (14), indica que no período envolvido no levantamento as capitais perderam 2,9 pontos percentuais de participação no nas riquezas do país, em detrimento de outras cidades de menor porte.

As capitais estaduais foram responsáveis por 33,1% do PIB em 2015, ante 36,1% em 2002. Nos demais municípios, o percentual aumentou de 63,9% para 66,9% no período.

Vinte capitais estaduais perderam participação. Para o pesquisador do IBGE, Frederico Cunha, as atividades industriais e de serviços foram as que mais contribuíram para este movimento: "as capitais perderam participação principalmente nas atividades industriais, com redução de 4,1 pontos percentuais, e nas atividades de serviços, com menos 5,8 pontos percentuais. Houve perda de 1,7 ponto percentual também nas atividades de administração, defesa, educação e saúde pública e seguridade social."

O principal destaque entre as reduções ficou com Recife, com redução de 8,8 pontos percentuais (p.p.); seguido de Belém (-7,9 p.p.); e Vitória (-7,4 pontos).

"No caso de Pernambuco, os municípios que ganharam mais participação na indústria, em detrimento da capital Recife, foram, principalmente, Goiana (4,7 p.p.) e Ipojuca (14,6 p.p.), onde fica o Complexo Industrial Portuário de Suape", explicou o pesquisador. "Goiana dobrou sua participação no PIB do estado e Ipojuca mais do que dobrou", completou.

No Pará, foram os municípios de Marabá (2,6 p.p.) , Parauapebas (3,3 p.p.) e Canaã dos Carajás (2,4 p.p.), que ganharam participação no PIB em detrimento da capital Belém entre 2002 e 2015.

Já no Espírito Santo, beneficiado pela indústria de extração do petróleo, foram os municípios de Linhares (1 p.p.), Marataízes (1,7 p.p.), Itapemirim (3,3 p.p.) e Presidente Kennedy (4,2 p.p.) que obtiveram aumento de participação no PIB.

"Mesmo com estes movimentos já perceptíveis de desconcentração, o PIB no Brasil ainda é bastante concentrado", explicou Cunha, exemplificando que 25 municípios brasileiros concentram 37,7% do PIB e os outros 5.545 repartem os 62,3% restantes.

"Uma outra constatação de concentração é que os municípios de São Paulo, com 10,9% de participação no PIB em 2015, equivalem aos 4.300 municípios com menores PIBs do país", completou.

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