Economia

Em reunião do PT, Haddad diz que projetos do Desenrola e Imposto de Renda estão prontos

Regra de reajuste do salário mínio também está na lista. Ministro da Fazenda disse que textos serão submetidos ao presidente Lula, mas não deu detalhes sobre as propostas

Haddad: Além desses dois temas, o ministro também fez uma explanação sobre as políticas fiscal e monetária (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Haddad: Além desses dois temas, o ministro também fez uma explanação sobre as políticas fiscal e monetária (Rovena Rosa/Agência Brasil)

AO

Agência O Globo

Publicado em 13 de fevereiro de 2023 às 14h14.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2023 às 14h17.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os projetos do Desenrola (programa de renegociação de dívidas), da correção da tabela do Imposto de Renda e que prevê uma política de reajuste para o salário mínimo já estão prontos e serão submetidos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Haddad falou sobre o tema na abertura da reunião do diretório do PT, na manhã desta segunda-feira, em Brasília, em evento fechado à imprensa. De acordo com pessoas presentes na reunião, ele não deu detalhes sobre as propostas.

Os três temas foram abordados durante a campanha do petista à presidência. Lula prometeu que aumentaria a faixa de isenção do IR para pessoas físicas até R$ 5 mil, mas a medida afeta a arrecadação do governo e estava sendo calibrada pela equipe econômica.

Já o Desenrola é o programa de crédito que permitirá a renegociação de dívidas de famílias e pequenas empresas. A ação também deve abranger os beneficiários do Bolsa Família que fizeram empréstimo consignado. O reajuste do salário mínimo acima da inflação também é uma promessa de campanha do petista.

Além desses dois temas, Haddad também fez uma explanação sobre as políticas fiscal e monetária. O ministro defende que as duas ações caminhem juntas e reitera isso recorrentemente em seus discursos. Em janeiro, o governo anunciou um pacote que prevê uma série de medidas econômica para melhorar as contas públicas. Além disso, vai enviar para o Congresso o novo arcabouço fiscal até abril.

Ao mesmo tempo, o presidente Lula e aliados vêm aumentando o tom nas críticas à atuação do Banco Central (BC), responsável pela condução da política monetária. O alto patamar de juros e a inflação, que permanece elevada, são as principais críticas à atuação do BC autônomo.

A expectativa é de que a meta de inflação seja revista em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que é formado por Haddad, a ministra Simone Tebet (Planejamento) e o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Há uma reunião do CMN prevista para esta semana, mas não se sabe ainda se o tema entrará na pauta.

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