Economia

Em 90 dias, BNDES deve apresentar meta e metodologia de acompanhamento de crédito

De acordo com Mercadante, projetos ligados à inovação e à economia verde terão juros subsidiados

BNDES: Para Mercadante não há país desenvolvido sem indústria, disse em entrevista (Miguel Ângelo/CNI/Flickr/Divulgação)

BNDES: Para Mercadante não há país desenvolvido sem indústria, disse em entrevista (Miguel Ângelo/CNI/Flickr/Divulgação)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 4 de fevereiro de 2024 às 12h48.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que, em 90 dias, serão apresentadas as metas e a metodologia de acompanhamento para cada área na qual forem concedidos financiamentos pelo banco de fomento.

Em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, que vai ao ar hoje à noite, Mercadante indicou que projetos ligados à inovação e à economia verde terão juros subsidiados.

"Não existe inovação sem taxa diferenciada, porque é risco. O empresário vai fazer um produto novo, um processo novo, ele sabe que pode não chegar e ter um prejuízo", disse. Para ele, a economia do futuro será verde, uma vez que o planeta não aguenta o processo de desenvolvimento de emissões de gás de efeito estufa.

Mercadante disse ainda não haver nenhum país desenvolvido sem indústria. "Em 2024, a política industrial voltou para todos os países importantes do mundo, há uma mudança das cadeias industriais de valor, como foi depois da 2ª Guerra. O Brasil tem uma grande oportunidade histórica para disputar investimento e retomar cadeias integradas e estratégicas", afirmou.

Nesse contexto, disse, há uma tensão entre Estados Unidos e China e o Ocidente está se retirando tanto daquele país quanto de outros asiáticos. "Há liquidez e nós podemos atrair investimentos e lidar com inteligência neste contexto de tensão, como fizemos historicamente", disse. "O Brasil tem como se reposicionar neste cenário. Agora, precisa de política industrial", afirmou, lembrando que os Estados Unidos têm subsídios para esta década de US$ 1,9 trilhão e a União Europeia US$ 1,7 trilhão.

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